Política

Nonô valida nome de Kelmann para disputar Governo do Estado e lembra 2014

Entretanto, presidente do DEM admite que há receio de uma eleição por “W.O.”

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 22/05/2018 07h53
Nonô valida nome de Kelmann para disputar Governo do Estado e lembra 2014
Reprodução - Foto: Assessoria
A dificuldade do grupo oposicionista ao governador Renan Filho (MDB) de encontrar um nome forte para disputar o governo fez com que o presidente da Câmara de Maceió, Kelmann Vieira (PSDB) se tornasse uma das alternativas, o que não é unanimidade dentro do grupo, tendo a validação apenas do comandante do Democratas (DEM) em Alagoas, José Thomaz Nonô. À Tribuna Independente, Nonô diz que está disposto a marchar com Kelmann, porém chama a atenção para que não ocorra a mesma situação de 2014, quando o PSDB acabou lançando o nome do prefeito de Palmeira dos Índios – à época vereador e desconhecido do cenário político estadual –, Júlio Cezar (PSB). O DEM de Nonô coligou com o Progressistas que teve o senador Benedito de Lira como candidato. “Claro que o Kelmann tem muito mais densidade, é presidente da Câmara, os vereadores ficam entusiasmados, mas de qualquer forma não é uma objeção minha. Não é nenhum tipo de veto ou restrição até porque Kelmann é meu eleitor [Nonô é pré-candidato a deputado federal]. Mas, eu acho que tem que ponderar. Os nomes que têm circulado são sempre do PSDB, que o grande candidato desse processo seria o prefeito Rui Palmeira e evidentemente ao renunciar, ele sabe que tem uma responsabilidade maior nesse processo. Estou disposto a marchar com o Kelmann, não tem problema nenhum. O que não pode ter é W.O., e isso é terrível”. Nonô ressalta ainda que a renúncia do prefeito de Maceió, Rui Palmeira, em não se candidatar ao governo fez com que surgisse essa dificuldade em encontrar um nome que agregasse ao grupo oposicionista. O democrata avalia que a demora em definir o candidato da oposição pode atrapalhar até as candidaturas proporcionais. “O nome que se trabalhava era o dele [Rui]. Depois veio o do Rodrigo Cunha [deputado estadual], mas ele preferiu o Senado. Sempre defendi a ideia que primeiro você define o candidato a governador, depois os senadores e depois os proporcionais”. Democrata não aceitou ser o candidato   Em meio às dificuldades de encontrar um nome, o bloco oposicionista sugeriu que Nonô fosse o candidato do grupo ao governo. Ele disse à Tribuna que já descartou essa possibilidade “umas 200 vezes” e lembrou que estava preparado para ser candidato a governador em 2014, mas que um acordo entre o senador Renan Calheiros (MDB) e o ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) impossibilitou essa situação. “Na primeira reunião, eu já disse que não me interessava. Eu me preparei para disputar o governo há quatro anos. Naquela época a correlação de forças era outra. Lamentavelmente houve o acordo, que o Téo nega existir, mas eu não nego. Houve um acordo explícito entre o Téo e Renan para pavimentar a eleição do Renan filho. E ainda hoje essas costuras facilitam a vida do governador”. CAMPANHA O ex-deputado ainda criticou a redução do período de campanha eleitoral. Para ele, essa decisão só favoreceu os políticos de mandato. “Essa pré-campanha silenciosa acho que não contribui para nada. Graças à incompetência ou má fé ou as duas coisas juntos, do Congresso [Nacional] atual a única coisa que fizeram na reforma política foi atrasar as eleições 45 dias, dando 45 dias apenas para uma campanha eleitoral nos moldes tradicionais, onde as pessoas vão ver o rosto do candidato. Isso foi feito com a intenção óbvia de dificultar candidaturas novas. Tem o objetivo de favorecer quem tá lá. Todos levam vantagem”, afirmou o Nonô.