Política

Polícia encontra cápsulas de pistola 9mm no acampamento pró-Lula

O local sofreu um ataque a tiros esta madrugada. Um dos acampados foi atingido com um tiro no pescoço e encontra-se na UTI

Por Carta Capital 28/04/2018 13h11
Polícia encontra cápsulas de pistola 9mm no acampamento pró-Lula
Reprodução - Foto: Assessoria
A Polícia do Paraná encontrou cápsulas de pistola 9mm, arma de alto poder letal, no acampamento Marisa Letícia, após ataque a tiros ocorrido na madrugada do sábado 28. Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública do Paraná, peritos da Polícia Científica, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no local. Um inquérito foi aberto para apurar o caso. Em nota, a Secretaria coloca que as primeiras informações apontam que os disparos de arma de fogo contra o acampamento de manifestantes pró-lula foi feito por um indivíduo a pé. Os tiros acertaram um dos acampados no pescoço Jeferson Lima de Menezes que, segundo informações da imprensa, encontra-se em estado grave na UTI. Os demais disparos acertaram um banheiro químico e os estilhaços feriram, sem gravidade, uma mulher no ombro. Segundo informações de pessoas que estavam no acampamento havia movimentação de carros passando em frente ao local desde às duas da madrugada, gritando palavras de ordem a Jair Bolsonaro. Após o ataque, segundo informações da vigília Lula Livre, os integrantes do acampamento realizaram uma manifestação em uma rua próxima para denunciar o atentado e o "estado de exceção que fere o direito de mobilização do grupo", além disso os acampados pediram agilidade por parte da Polícia e Justiça. O local do protesto, Avenida Mascarenha de Morais, no entanto, já teria sido liberado. A vigília manifestou o seu repúdio contra o atentado alegando que a "tentativa de homicídio" não intimidará os manifestantes, que terão presença massiva em Curitiba neste 1 de maio, Dia do Trabalho. O movimento também fala em "crônica anunciada", devido ao fato dos integrantes já terem sido atacados na região no momento em que houve a troca de local do acampamento. Segundo o texto, as atividades do acampamento seguem normais. Em seu perfil no Twitter, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, falou em "atentado" e pediu "providência rigorosa" por parte das autoridades de segurança. Ela também afirmou que "a intolerância e a covardia dos que apostam na violência não nos tirarão da luta por Lula, pela democracia e pelo povo brasileiro".