Política

Trabalhadores da Chesf e Eletrobras cruzam os braços contra privatização

Eles alegam prejuízo aos usuários com a transferência dos serviços para a iniciativa privada

Por Assessoria 13/04/2018 18h59
Trabalhadores da Chesf e Eletrobras cruzam os braços contra privatização
Reprodução - Foto: Assessoria
Os trabalhadores da Chesf e da Eletrobras Distribuição Alagoas aprovaram, por unanimidade, em assembleias realizadas na última quinta-feira (12), paralisar as atividades na próxima segunda-feira (16), em protesto contra a privatização do sistema elétrico brasileiro e das distribuidoras da Eletrobras. A paralisação é nacional e ocorre em todas as empresas do sistema Eletrobras. Apenas os serviços essenciais serão mantidos neste dia. Os trabalhadores estarão de braços cruzados em todo o Estado. Em Maceió, a concentração será no prédio sede da Eletrobras, situado à Avenida Fernandes Lima, a partir das 8h, quando os trabalhadores da Chesf vão se juntar aos da antiga Ceal. Os sindicalistas alegam que, desde que o "governo golpista de Michel Temer" tomou posse, as entidades sindicais e os trabalhadores do setor travam uma batalha diária contra a entrega da maior estatal elétrica da América Latina à iniciativa privada. Os trabalhadores apontam que, caso a Eletrobras seja vendida, a população vai sofrer com o aumento da conta de energia, entre outros prejuízos. Eles argumentam, ainda, que a estatal não é deficitária, como alega a União. "Afinal, ninguém deseja comprar uma empresa que esteja dando prejuízo", avalia o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Nestor da Silva. Em março deste ano, uma audiência pública sobre a privatização da Eletrobras, na sede da Escola de Magistratura de Alagoas (Esmal), em Maceió, terminou em confronto entre manifestantes e militares. O encontro foi convocado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com objetivo de prestar esclarecimentos e receber sugestões para o processo de privatização.