Política

Renan e Paulão repudiam ataques à caravana de Lula no Paraná

Parlamentares relatam que a violência direcionada ao ex-presidente busca minar a sua candidatura este ano

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 29/03/2018 07h50
Renan e Paulão repudiam ataques à caravana de Lula no Paraná
Reprodução - Foto: Assessoria
O senador Renan Calheiros (MDB) e o deputado federal Paulão (PT), criticaram os ataques praticados contra a caravana do ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), no Sul do país. Dois ônibus acabaram sendo atingidos por quatro tiros no Paraná. Por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, o senador criticou no que para ele se trataram de “atos de violência e sabotagem” praticados por fanáticos contra a caravana do ex-presidente do Brasil. Num tom duro, Calheiros acusou as autoridades competentes de fazerem vistas grossas e, com isso, incentivar a selvageria. O senador acrescentou ainda que esse tipo de ato demostra que “pessoas”, sem citar nomes, querem prender e cassar a candidatura de Lula, lembrando-se da perseguição que a família e a mulher do ex-presidente, Marisa Letícia sofreu até a morte. De acordo com o senador, estão querendo acabar com a candidatura de Lula à presidência nas eleições deste ano. Ao afirmar que os tiros foram um sinal de alerta, o senador citou o nazismo, ao questionar “o que virá depois?”, desses atos. Ainda de acordo com Renan, Lula foi condenado sem provas tanto pelo juiz Sérgio Moro quanto pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região, localizado em Porto Alegre. OMISSÃO O deputado federal Paulão (PT) em um discurso na Câmara dos Deputados, também destacou a “omissão” das autoridades e o incitamento de parlamentares em relação aos ataques registrados à caravana do ex-presidente. “Estou preocupado porque o cenário da caravana pode se extrapolar e, neste momento de polarização que vivemos no Brasil, poderemos ter muita violência”, afirmou, chamando a atenção da gravidade dos atentados para a democracia e ao Estado Democrático de Direito. “Várias entidades da sociedade civil, a exemplo da Ordem dos Advogados do Brasil, não tiveram a altivez de se pronunciar quanto ao ataque. O ataque não foi contra o presidente Lula, não foi contra o PT. O ataque foi contra o povo brasileiro, contra a democracia. E não podemos permitir isso”, completou o deputado federal. MINISTRO O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, classificou o ocorrido como “inaceitável”. “É absolutamente inaceitável que aconteça, parta de quem partir. Isso não é convivência democrática. Isso não pode acontecer, e se acontecer é preciso identificar os responsáveis porque não pode se repetir dentro do regime democrático”, ressaltou. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) chamou os casos de violência contra a caravana como “extremistas e fascistas”. “A escalada de violência e ódio que alguns grupos extremistas e fascistas estão fazendo contra a caravana democraticamente organizada do presidente Lula chegou ao limite do que nós estávamos denunciando. Há poucos minutos, um dos ônibus da caravana foi atingido por um tiro no Estado do Paraná”, disse. O deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) ressaltou solidariedade e ponderou que a situação pode piorar. “Ninguém vai ficar parado — e não estou dizendo que sou eu que vou fazer isso — sem reagir. Assim, o nosso País vai piorar, a democracia vai ficar em risco. Parem, com isso! Permitam o debate livre das ideias! Não é possível que o nosso país termine resolvendo as coisas à bala, no meio da rua, quando temos um paciente pacífico de debates”, pediu. (Com agências)