Política

Delegado não descarta crime político em assassinato de vereador

Mais um parlamentar foi morto na cidade de Batalha; comissão de delegados investiga o caso

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 19/12/2017 07h39
Delegado não descarta crime político em assassinato de vereador
Reprodução - Foto: Assessoria
O vereador por Batalha, Tony Carlos Silva de Medeiros, o Tony Pretinho (PR), foi assassinado a tiros na última sexta-feira (15) em frente à sua residência, localizada no Centro da cidade. Um dia após o crime, a Polícia Civil criou uma comissão formada por três delegados para investigar o homicídio formada por  João Marcelo, da regional de Santana do Ipanema; Fábio Costa, coordenador da Delegacia de Homicídios da Capital, e Eduardo Mero, também integrante da Homicídios. A possibilidade de motivação política para o crime não está descartada. A reportagem da Tribuna Independente entrevistou o delegado João Marcelo. Ele informou que as investigações ainda estão no início e que com isso não descarta nada. “Estamos ouvindo familiares, testemunhas. No começo, não podemos descartar nada. Estamos na linha de que pode ser um crime político ou algo ligado ao trabalho dele, no presídio. Não podemos desconsiderar nada”. O vereador trabalhava como agente penitenciário, no Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano. Segundo testemunhas, os homens que atiraram em Tony Pretinho estavam em um veículo de modelo e placas não identificadas. A polícia informou que ele foi atingido por tiros de pistola e de espingarda, deixando claro que seria um crime com características de execução, já que nenhum material da vítima foi levado pelos criminosos. Em recente entrevista para a imprensa, o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, descartou qualquer possibilidade de relação entre os assassinatos de Tony Pretinho e Neguinho Boiadeiro. Além de dizer que já tem suspeitos do segundo homicídio. Já o delegado que preside a comissão que investiga a morte de Tony pensa diferente. “Como eu disse a gente não descarta nada. Pelo menos da minha parte como presidente da comissão porque foi um crime bem próximo do outro”, explicou João Marcelo. O prazo legal para que a investigação seja concluída é de 30 dias podendo ser prorrogado. “Mas pode ser que dependendo do andamento das investigações nos próximos dias já tenhamos algo em definitivo”. Tony Pretinho foi assassinado 40 dias após a morte do colega Neguinho Boiadeiro (PSD), que foi executado a tiros ao sair da sessão da Câmara Municipal no dia 9 de novembro. A polícia ainda investiga este crime. Devido ao assassinato de Neguinho Boiadeiro, a segurança de Batalha foi reforçada pelas forças policiais da Segurança Pública. Após a morte de Tony, o clima no município voltou a ficar tenso.  Em entrevista para a reportagem da Tribuna Independente, o vereador e primeiro secretário da Câmara do município, Fabiano Mandim (PMDB) disse que a cidade está em luto e temerosa por conta dos dois assassinatos. “Todos nós vereadores, como também a comunidade está temerosa. Mas, acreditamos na polícia e na Justiça, que descobrirão e irão punir os culpados. Perdemos dois queridos companheiros de Câmara e amigos. Muito triste, afirmou. NEGUINHO BOIADEIRO Em novembro, Adelmo Rodrigues de Melo, o “Neguinho Boiadeiro” (PSD), outro vereador do município, foi assassinado após deixar a sessão da Câmara.