Política

Ato contra reformas do governo federal reúne cerca de mil pessoas em Maceió

Trabalhadores do campo e da cidade protestam contra as reformas trabalhista e da previdência impostas por Michel Temer

Por Carlos Amaral 10/11/2017 11h00
Ato contra reformas do governo federal reúne cerca de mil pessoas em Maceió
Reprodução - Foto: Assessoria
Cerca de mil pessoas participaram da manifestação convocada pelos movimentos sociais em protesto às medidas econômicas do governo Michel Temer (PMDB), e realizada na manhã de sexta-feira (10) em Maceió, com destaque às reformas trabalhista e da Previdência. O espectro dos participantes abrangia trabalhadores urbanos e rurais. Entre os da cidade, dezenas de sindicatos se fizeram presentes e representaram categorias como bancários, professores, agentes de saúde, correios e estudantes. Os movimentos de trabalhadores rurais também participaram da manifestação. Também ocorreram atos em cidades do interior. Em todo o país, manifestações como as de Alagoas, foram marcadas para esta sexta-feira. Segundo Rilda Alves, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Alagoas, as manifestações não foram uma “greve geral”, mas um chamamento aos trabalhadores para se mobilizarem contra as medidas do Governo Federal. “Greve geral nós vamos fazer mais para frente, a depender das próximas votações, principalmente da reforma da Previdência, que o Temer quer votar até o final deste ano. Se isso acontecer, vamos parar este país. Este ato é para chamar a atenção para a retirada de direitos, o desemprego e até mesmo a possibilidade de volta do trabalho escravo”, diz Rilda Alves. O ato saiu da Praça Sinimbu e percorreu as principais ruas do Centro de Maceió. Durante a passagem dos manifestantes pela Rua do Sol, os bancos ali localizados fecharam as portas e suspenderam os serviços enquanto os trabalhadores passaram. Se os sindicatos têm reclamado das medidas de Michel Temer, os trabalhadores rurais também não possuem elogios a seu governo. Segundo José Neto, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Alagoas, serviços públicos para atender os assentamentos já estão comprometidos, especialmente a saúde. “Nas prefeituras, os atendimentos para os assentamentos já estão comprometidos. E o orçamento da reforma agrária está congelado. Isso emperra não só a aquisição de novas áreas, mas também as melhorias nos assentamentos”, afirma José Neto.