Política
Executiva estadual do PCdoB lamenta saída de Rebelo
Cláudia Petuba elogiou o trabalho executado por Aldo dentro do partido
O ex-ministro dos governos Lula (PT) e Dilma (PT), o alagoano Aldo Rebelo, que foi filiado por mais de 40 anos ao PCdoB, se filiará ao PSB nesta terça-feira (26), às 14h, no Salão Vermelho, do Hotel Nacional, em Brasília.
Aldo atualmente é cotado como vice-presidente numa eventual eleição indireta à Presidência da República por seu bom trânsito com partidos tanto da base aliada quanto da oposição, o que possibilitaria negociações de abrandamento das reformas em curso, como a trabalhista, já aprovada e a da Previdência.
A reportagem da Tribuna repercutiu o assunto com a presidente estadual do PCdoB, Cláudia Petuba.
Ela lamentou a saída de Rebelo da legenda e elogiou o trabalho executado por ele dentro do partido.
“Ele é um grande quadro da política brasileira. Aldo é um nome de destaque nacional que transcende qualquer partido. Ele passou boa parte da sua vida política no PCdoB e muito do que a legenda é hoje tem da contribuição política e ideológica dele. Não é porque ele saiu do partido que ele vai deixar de ter a grandeza política que ele tem. Tanto que a saída dele do partido foi de maneira muito digna”.
Petuba explicou ainda que apesar da importância de Aldo Rebelo, o partido é maior de qualquer pessoa.
“Um partido não é feito por uma ou por duas. O partido é feito por um conjunto de militantes. Funciona desde a década de 20 e sobreviveu inclusive a muitas ditaduras. Nosso partido não é pautado é uma pessoa só”.
Ela explicou que a saída de Aldo se deu por conta de algumas discordâncias políticas, mas que não houve nenhum problema entre o alagoano e o partido.
“Inclusive ele deu entrevista sobre isso, sobre discordâncias políticas de alguns caminhos do ponto de vista ideológico que o partido vinha trilhando, não por alianças, nem por questões conjunturais, mas por uma visão de um ponto de vista ideológico de bandeiras que haviam sido priorizadas pelo partido e do quanto as corporações de atuação política vinha influenciando. Acho que as criticas que o Aldo fez e continua fazendo, muitas delas devem ser refletidas pelo partido. Eu particularmente para além de presidente, enquanto militante política tenho grande concordância com muitas das coisas que ele falou”.
A presidente do partido em Alagoas, explicou também que Aldo era o nome da legenda para ser o candidato a presidente da República. “Nós discutimos isso em várias reuniões. Se ele tivesse disponibilidade para ser candidato pelo PCdoB, ele seria nosso pré-candidato. Isso em consenso e unanimidade”.
Em agosto, a Executiva Nacional do PCdoB, em nota disse que as opiniões convergentes e os fortes laços que ligam Rebelo ao partido contribuem para manter o diálogo em tornos das grandes questões nacionais.
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