O senador Benedito de Lira (PP-AL) ocupou o horário de liderança do Partido Progressista para denunciar o que ele chamou de “política perversa” adotada pela Camex (Secretaria-Executiva da Câmara de Comércio Exterior) em relação ao etanol. A Camex é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio.

Benedito de Lira disse que o Brasil está importando etanol dos Estados Unidos a taxa zero e vende o produto exportado a uma taxação de 17%.

Segundo o senador, essa política está contribuindo para “quebrar de vez” as usinas de açúcar e álcool do Brasil. Só em Alagoas, 20 das 34 usinas foram fechadas nos últimos anos.

“No passado, a base econômica de Alagoas era calcada nas indústrias de açúcar e álcool. Praticamente toda a Zona da Mata do meu estado era coberta de cana-de-açúcar. Infelizmente, políticas públicas equivocadas contribuíram para inviabilizar esse setor”, explicou o senador durante o seu pronunciamento.

DESEMPREGO

O senador Benedito de Lira contou que vem acompanhando empresários do Sul, Sudeste, Centro Oeste e do Nordeste em tratativas junto ao Governo da União.

“Já tivemos duas ou três reuniões no Ministério da Agricultura com toda a representação da indústria canavieira e a reivindicação comum é que seja taxado o etanol importado dos Estados Unidos que chega aqui com taxa zero, mas até agora a Camex não tomou nenhuma providência”.

Segundo o senador, não precisa ser economista para compreender que essa situação contribuiu para inviabilizar a atividade canavieira e aumentar o desemprego no Brasil.

“Estamos favorecendo os Estados Unidos e ao mesmo tempo quebrando as nossas usinas. Empregando quem está lá nos Estados Unidos, em Cuba, na China, em detrimento do emprego de quem vive no Brasil, por causa dessa política lesiva ao interesse do Brasil”, concluiu Benedito.

O senador tem mostrado em Brasília que vem se preocupando com uma série de situações que podem ser prejudiciais para Alagoas.

Benedito de Lira levantou na última semana uma crítica em relação à falta de voos para Maceió, algo extremamente prejudicial a um Estado que recebe turistas tanto do Brasil quanto do mundo.