Política

Para Maurício Quintella, Câmara não vai acatar denúncia contra Temer

Ministro avalia que deputados não autorizarão prosseguimento de inquérito contra presidente da República

Por Tribuna Independente 04/07/2017 08h01
Para Maurício Quintella, Câmara não vai acatar denúncia contra Temer
Reprodução - Foto: Assessoria

O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella (PR), avalia que a Câmara dos Deputados não vai autorizar o prosseguimento da denúncia contra Michel Temer (PMDB), encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 26 de junho.

Segundo ele, tudo será devidamente analisado pelos parlamentares, mas o teor na denúncia não será acatado por eles. “Aquilo foi uma armadilha de um bandido [Joesley Batista, dono da JBS] e a denúncia é baseada na delação dele”.

Na avaliação do ministro, o presidente da República ainda possui apoio parlamentar suficiente para dar prosseguimento a seu governo, mas relatou que a bancada do PR será liberada para votar a questão.

“A bancada será liberada porque cada deputado é, nessas horas, um juiz. Portanto, cada um vai votar como achar que deve”, diz Maurício Quintella.

MOBILIZAÇÃO

Já o deputado Paulão (PT) demonstrou não estar muito confiante que a Câmara dos Deputados autorize o prosseguimento da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra Michel Temer. Mesmo assim, ele disse estar “esperançoso”.

“Sem mobilização popular a denúncia não passa na Câmara, apesar de ser muito grave. Trata-se do primeiro presidente da República, na História, a ser denunciado por corrupção”, comenta Paulão que enfatiza que “povo na rua altera o humor dos parlamentares na hora de votar”

Para o petista, a divisão das denúncias da PGR, autorizadas pelo  ajuda no processo político de desgaste do peemedebista.

DENÚNCIA

A PGR denunciou Michel Temer por crime de corrupção passiva, baseada em investigações iniciadas a partir de delação premiada da JBS. Uma conversa foi gravada pelo empresário Joesley Batista com o peemedebista no Palácio do Jaburu, em março, na qual o presidente teria concordado com práticas de corrupção. (C.A.)