Política

Eleição da União dos Vereadores de Alagoas não tem data para ocorrer

Pleito deveria ter sido realizado no último dia 25 de março e conta com duas chapas inscritas

Por Tribuna Independente 30/03/2017 10h39
Eleição da União dos Vereadores de Alagoas não tem data para ocorrer
Reprodução - Foto: Assessoria

Suspensa por decisão do desembargador Pedro Augusto Mendonça de Araújo – após recurso impetrado pela chapa encabeçada pelo vereador Diomedes Rodrigues (PSDB), de Pão de Açúcar –, a eleição da União dos Vereadores de Alagoas (Uveal) segue sem data definida.

O pleito deveria ter sido realizado no último dia 25 de março e conta com duas chapas inscritas. A outra é encabeçada pelo vereador Fabiano Leão (PMDB), de Arapiraca.

Na decisão, assinada no último dia 24 de março, o magistrado concedeu 15 dias – após a notificação do responsável pela Uveal – para que as afirmações do recurso impetrado sejam respondidas. Sua decisão só foi publicada no Diário Eletrônico de Justiça na última segunda-feira (27).

“Concedo em parte o pedido de efeito suspensivo ativo, unicamente para determinar a suspensão da eleição da UVEAL – União dos Vereadores de Alagoas designada para o próximo sábado, dia 25/03/2017, até que haja a devida observância aos termos do Estatuto da agravada”, diz o desembargador.

O não cumprimento do estabelecido no estatuto da Uveal foi um dos motivos que levou a chapa de Diomedes a ingressar na Justiça. Além disso, o vereador afirmou à reportagem que a comissão eleitoral utilizou procedimentos diferentes para casos semelhantes no momento da inscrição das chapas.

“Sempre ocorre de haver algum tipo de erro ou documento faltando no momento da inscrição e para a nossa chapa não foi permitido corrigi-los, mas para a adversária foi”, diz Diomedes Rodrigues.

Ele não sabe precisar a nova data do pleito. “Só de prazo de resposta da Uveal, o juiz deu 15 dias”.

A reportagem tentou contatar o vereador Fabiano Leão, mas ele não atendeu aos telefonemas.

Também foi tentado contato com Fabrício Faustino,  que preside interinamente a Uveal, mas os telefonemas não foram atendidos.

Em outras entrevistas para a Tribuna, Fabrício garantiu que todas as regras estatutárias da entidade estavam sendo cumpridas no decorrer do processo eleitoral.

DISPUTAS ACIRRADAS

A disputa pelo comando da Uveal neste ano teve bastante repercussão pela disputa entre grupos políticos e por denúncias de descumprimento do que estabelece seu estatuto. Somente de vereadores ligados ao PMDB, chegou-se a ter quatro chapas. Uma delas, inclusive, que seria encabeçada pelo vereador em Murici, Renildo Calheiros, recebeu o apoio de quatro dos cinco vereadores do PSDB em Maceió.

Apenas às vésperas do limite para a inscrição de chapas, os peemedebistas convergiram paras o nome de Fabiano Leão.

Enquanto isso, no PSDB, a direção partidária dizia que não procurou os vereadores maceioenses – que declararam apoio a Renildo – porque eles já tinham se decidido por quem votar.

Já os parlamentares tucanos da capital alagoana, na pessoa de Eduardo Canuto, garantiu que o apoio só foi dado porque nunca foram procurados. Com a desistência de Renildo, ao menos o líder de Rui Palmeira (PSDB) na Câmara Municipal de Maceió (CMM) deve votar em Diomedes Rodrigues, candidato tucano à Uveal.

O cenário da disputa pela entidade que representa os vereadores alagoanos – além de ser o oposto do que ocorreu na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), em que a eleição se deu em chapa única – reflete o que deve ser o centro das eleições gerais de 2018 no estado: PMDB versus PSDB.