Os eleitores que ainda estão indecisos tem a sua disposição um jogo virtual que pode ajudar a conhecer as propostas de cada um dos candidatos que disputam o segundo turno em Maceió. A ONG Projeto Brasil criou o “UFC – Urna Fighter Combat”, uma luta virtual entre os candidatos, onde quem vence é aquele com as melhores propostas avaliadas em um teste cego pelo eleitor.

Izabela Correa, uma das responsáveis pelo projeto, explica que Urna Fighter Combat é uma luta de propostas, onde são apresentadas duas propostas sobre temas muito específicos, como por exemplo, o que cada candidato traz para creches, para os servidores da saúde e assim sucessivamente.

“Nosso objetivo é fazer com que o processo eleitoral seja mais racional com base no debate de políticas públicas. Qual é a cidade que a gente quer?”, questionou.

De acordo com ela, o jogo permite que o eleitor conheça, de forma lúdica, não apenas o nome e o partido do candidato, mas acima de tudo a proposta de governo. E posteriormente, o eleitor pode monitorar se essas propostas estão sendo cumpridas. “Queremos tornar, o processo eleitoral mais transparente, mais responsável e mais deliberativo”, pontuou.

Para jogar o eleitor deve acessar o site combate.projetobrasil.org.br, faz o login e ao acessar o jogo, ele é convidado a responder a pergunta: o que você faria se fosse prefeito?. As questões apresentadas referem-se às propostas dois candidatos à Prefeitura de Maceió, mas o usuário só descobre o proponente após fazer sua escolha. Em cada um dos três rounds, são necessários pelo menos cinco golpes contra o adversário para que o jogador passe de nível.

Ao final da luta, o usuário conseguirá ver o desempenho de cada jogador em um ranking individual e geral, que contabilizará os resultados de todos os internautas. Izabela disse que o usuário joga sozinho, mas o seu resultado é comparável ao resultado nacional. “Por meio do jogo estamos conseguindo com que as pessoas leiam as propostas, debatam política e fiquem mais conscientes sobre políticas públicas”, comemorou.

Segundo Luciana Santana, cientista política, esse tipo de projeto é muito importante para que a população possa confrontar propostas que estão sendo apresentadas pelos candidatos. “É uma oportunidade para o eleitor conhecer melhor os problemas da cidade e as possíveis soluções que podem vir a ser executadas na gestão do candidato vencedor”, argumentou.

Ela acredita que o jogo pode contribuir para que eleitores indecisos decidam por um voto válido. “Recomendo fortemente que o eleitor participe dessa ‘batalha virtual’”, orientou.

A reportagem da Tribuna Independente foi ouvir os dois candidatos que disputam o segundo turno. Cícero Almeida (PMDB) disse que suas propostas são voltadas para a população mais carente de Maceió e em sua maioria eles não têm acesso à internet. “Não conheço a ONG, nem o jogo que ela apresentou, por isso, não tenho como opinar se é bom ou ruim. A minha campanha é pautada nos serviços que desenvolvi quando prefeito de Maceió”, declarou.

Assim como Almeida, Rui Palmeira (PSDB) também prefere não opinar sobre o jogo virtual porque não o conhece. “Chego ao final desta campanha agradecido ao povo de Maceió, que nesta quinta-feira, o coloca à frente em mais uma pesquisa e confiante em uma grande vitória neste domingo, dia 30”, revelou.