Polícia
Ministério Público pede condenação de três e absolvição de dois por homicídio
Um júri de muitos réus, uma vítima de homicídio, uma atuação imparcial, precisa, zelando pela justiça e exterminando a afirmativa de que o órgão é, exclusivamente, acusatório. Nesta terça-feira (4), em Palmeira dos Índios, representado pelo promotor de Justiça João de Sá Bomfim Filho, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) defendeu a condenação de Alã Richard, ou “telinho”, de Afonso Henrique Lopes Dias, conhecido como “mago”, Herbert Gomes da Silva, o “jacaré”, acusados de matar Lucas Santos Lima, no dia 23 de fevereiro de 2021, no bairro São Francisco, naquela cidade, enquanto pediu a absolvição de mais dois réus identificados como Vagner Firmino dos Santos, ou “gaiola” e Diego Pereira da Silva, popularmente chamado de “burreco”.
Durante os debates, o promotor sustentou que Alã Richard, Afonso Henrique e Herbert Gomes agiram com crueldade ao invadirem o imóvel e executarem Lucas Santos enquanto dormia, devendo ser condenados por homicídio qualificado e meio que impossibilitou a defesa da vítima. Cada um recebeu como sentença 14 anos de prisão.
“O júri de hoje é a prova maior de que o Ministério Público não é um órgão de acusação, o promotor de justiça, em sua atuação, busca o fazimento da justiça, a entrega da justiça propriamente dita, dando a cada um o que é seu. Então, com esse entendimento achei que deveria pedir a absolvição de dois réus, não porque os vi como inocentes, mas porque não tinha provas suficientes para condena-los. Já em relação aos outros três, não havia quaisquer dúvidas, foi pedida a condenação com as qualificadoras devidas, os jurados acataram todas as teses e eles serão responsabilizados adequadamente pelo crime”, explica o promotor.
O crime
Conforme os autos, ao chegaram ao local do crime Afonso (o mago) entrou na casa junto com Alã (telinho), ambos indo em direção ao quarto onde a vítima, em estado de total de vulnerabilidade, dormia. Minutos depois, executaram a vítima com cerva de oito disparos de arma de fogo em direção ao seu rosto, sem nenhuma possibilidade de defesa.
O crime teria sido planejado por ciúmes, visto que a vítima estava se relacionando com a ex-namorada de “telinho”. Enquanto os dois cometiam o homicídio, Herbert (“jacaré”) imobilizava o padastro da namorada da vítima, do lado de fora do imóvel, para garantir o sucesso da trama criminosa.
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