Polícia

Mãe e padrasto de criança encontrada morta em Riacho Doce são indiciados por homicídio qualificado

Por Tribuna Hoje com Agências 25/06/2025 10h40 - Atualizado em 25/06/2025 10h44
Mãe e padrasto de criança encontrada morta em Riacho Doce são indiciados por homicídio qualificado
Rhavy Abraão., 2 anos - Foto: Reprodução

Foi concluído o inquérito que investiga a morte do menino Rhavy Abraão Alves de Lima, 2 anos, que aconteceu em maio deste ano no bairro Riacho Doce, em Maceió. Conforme a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), após análise do laudo do Instituto Médico legal (IML), foi confirmado que a criança morreu em decorrência em ruptura no fígado causada por agressão. O padrasto e a mãe dele foram indiciados por homicídio qualificado diante destas provas.

Na época do ocorrido, o caso foi tratado inicialmente como morte clínica, já que Rhavy não apresentava marcas externas de violência. Porém, o exame cadavérico revelou que a causa da morte foi uma pancada forte nas costas, o que motivou a reclassificação do caso como homicídio.

Após a divulgação do laudo, o padrasto da criança foi preso, pois ele era a única pessoa na casa com o menino no momento da agressão e não conseguiu justificar os ferimentos na criança. O homem negou o crime durante o depoimento.

Já a mãe de Rhavy, alegou que havia sápido de casa, e quando voltou, já teria encontrado o filho desacordado. De acordo com ela, o companheiro informou que a criança não estava respirando. Ainda conforme a mãe, ao ver a viatura da Polícia Militar solicitou socorro.

Apesar de inicialmente não ser investigada, a mulher passou a ser considerada coautora do crime após o avanço das apurações. De acordo com a Polícia Civil, ficou comprovado que ela também teve responsabilidade pela morte do filho.

O delegado Emanuel Rodrigues, responsável pelo caso, disse que a mãe relatou ainda que, na semana anterior à morte, levou Rhavy a duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Em uma, o menino foi diagnosticado com um quadro clínico simples, e, em outra, surgiu a suspeita de hidrocefalia, o que levantou questionamentos sobre o histórico de saúde e possíveis sinais anteriores de maus-tratos.

O inquérito foi finalizado e já foi encaminhado ao Poder Judiciário. Mãe e padrasto responderão por homicídio qualificado.