Polícia

Tentativa de homicídio em loja de baterias foi motivada por vingança pessoal

Autor disse que alvo participou com outros moradores de um linchamento contra ele

Por Tribuna Hoje com agências 24/06/2025 09h22 - Atualizado em 24/06/2025 09h28
Tentativa de homicídio em loja de baterias foi motivada por vingança pessoal
Homem foi preso no último sábado (21) durante patrulhamento da PM - Foto: Cortesia

O suspeito de atirar em um funcionário de uma loja de baterias no Conjunto Santo Eduardo, no Poço, em Maceió, cometeu o crime motivado por um acerto de contas pessoal. A tentativa de homicídio aconteceu no início de junho e ele foi preso no último sábado (21) pela Polícia Militar.

De acordo com o suspeito, atirou no funcionário após reconhecê-lo como uma das pessoas que o agrediram há cerca de dez anos, durante um episódio de linchamento.

O homem contou durante relato à polícia, que na época foi detido por populares após assaltar uma mulher, e entre os agressores estava este funcionário da loja, que teria desferido um chute em seu rosto.

"Ele disse que guardou esse episódio por anos. E, quando passou pela loja e reconheceu o homem, resolveu se vingar", relatou o capitão Pedro Silva, comandante da 2ª Companhia Independente da Polícia Militar.

O rapaz foi preso em Ipioca, quando uma guarnição da Força Tática patrulhava a região e percebeu que ele tentou se livrar de um objeto ao avistar a viatura. O homem também tentou se esconder em uma casa onde não morava. Após a abordagem, os policiais encontraram um revólver calibre .38, com seis munições intactas e numeração raspada.

“Durante a revista e a verificação do celular dele, foram encontrados vídeos e mensagens ligando o suspeito à tentativa de homicídio. Ele acabou confessando que a arma apreendida era a mesma usada para atirar contra o funcionário da loja no início do mês”, disse o capitão.

O suspeito disse ainda que o homem alvo dos disparos costuma fazer provocações sempre que ele passava pela loja, o que teria intensificado o desejo de vingança.

O suspeito foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, ele poderá responder também por tentativa de homicídio. “A arma estava com a numeração suprimida, o que, por si só, já configura crime. Agora, com a confissão, a investigação será aprofundada para confirmar os elementos do crime”, concluiu o capitão Pedro Silva