Polícia

Quatro PMs são afastados após ação policial que matou adolescente

Gabriel Lincoln, de apenas 16 anos, foi morto no último sábado (3)

Por Tribuna Hoje com agências 07/05/2025 12h07 - Atualizado em 07/05/2025 18h21
Quatro PMs são afastados após ação policial que matou adolescente
Gabriel Lincoln, de 16 anos, foi atingido durante perseguição - Foto: Reprodução


A noite do último sábado (3) ficou marcada pela dor e pelo luto em Palmeira dos Índios, no Agreste alagoano. Gabriel Lincoln Pereira da Silva, um adolescente de apenas 16 anos, perdeu a vida durante uma ação policial, reacendendo o debate sobre o uso da força em operações envolvendo jovens periféricos. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AL) confirmou, nesta quarta-feira (7), que quatro policiais militares envolvidos na ocorrência foram afastados das ruas.

Segundo a SSP, o afastamento segue um protocolo padrão da Polícia Militar quando há mortes decorrentes de ações operacionais. Durante o período das investigações, os militares passam a cumprir funções administrativas, longe do serviço de patrulhamento ostensivo. A corporação instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar detalhadamente a conduta dos agentes.

Paralelamente, a Polícia Civil também iniciou uma investigação formal. Para garantir a imparcialidade e a profundidade da apuração, foi formada uma comissão composta por três delegados experientes: Sidney Tenório e Alexandre Leite, diretores da Polícia Judiciária, além de João Paulo, titular da Delegacia Regional de Homicídios de Palmeira dos Índios.

Enquanto as investigações seguem, familiares e moradores da cidade tentam lidar com a perda precoce de Gabriel, descrito por vizinhos como um jovem carismático e cheio de sonhos. A morte do adolescente mobilizou a comunidade e gerou comoção nas redes sociais, com pedidos por justiça e transparência no processo investigativo.

A expectativa agora é que os inquéritos, tanto militar quanto civil, tragam à tona todos os detalhes da ocorrência, apontem responsabilidades e ofereçam respostas à sociedade e, sobretudo, à família de Gabriel, que chora a ausência de um filho que saiu de casa e não voltou mais.