O corpo da adolescente de 15 anos Ana Beatriz Moura, que estava desaparecida há mais de 25 dias, foi encontrado na tarde deste sábado (3), no Litoral Norte de Maceió. A informação é da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL). As diligências ocorreram em uma área de mata.

As buscas foram coordenadas por uma comissão de delegados instituída pela Delegacia Geral da PC/AL. Conforme o órgão, o corpo da adolescente foi localizado em uma fossa, em um sítio entre Guaxuma e Garça Torta, próximo a uma residência. A região exigiu intervenção técnica e logística para o resgate e contou com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL).

O CBM/AL foi responsável pela retirada do corpo da jovem. A comissão que investiga o caso é composta pelas delegadas Talita Aquino, titular da Delegacia de Combate aos Crimes contra Criança e Adolescente (DCCCA), e Maira Balby, delegada adjunta da unidade; pela delegada Bárbara Arraes, coordenadora da Área da Infância e Juventude; pela delegada Tacyane Ribeiro, coordenadora da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP); e pelo delegado Sidney Tenório, diretor da Diretoria de Polícia Judiciária 1 (DPJ-1).

O CASO

A adolescente Ana Beatriz Moura desapareceu no dia 8 de abril após deixar o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), onde estudava, em uma motocicleta por aplicativo. Ela saiu da escola mais cedo do que o normal e seguiu para Guaxuma.

Um homem de 43 anos está preso por suspeita de participação no desparecimento de Ana Beatriz. Segundo a PC/AL, ele pagou o valor da viagem da jovem até o local onde ela sumiu.

Conforme testemunhas, o suspeito é conhecido dos famíliares de Ana Beatriz. Ela atuou como babá para a família dele por algum tempo.

Na última quarta-feira (30), a delegada Talita Aquino informou que naquele momento a principal linha de investigação apontava para a participação do suspeito que está preso, no entanto, outras pessoas também podem estar envolvidas. Mas não foi descartado envolvimento de outras pessoas.

Os integrantes da comissão investigam também supostas ameaças que a vítima recebeu antes de desaparecer.

“Ouvimos falar das ameaças, mas nada de concreto. A única mulher que teria algum motivo para a polícia fazer diligência seria a esposa do suspeito, mas até agora não temos indícios fortes de que ela seja suspeita de algo ilícito contra Ana Beatriz”, falou a delegada Talita Aquino.

Ainda conforme a autoridade policial, existem indícios de que o homem preso mantinha um relacionamento extraconjugal com a Ana Beatriz, "e, natural, seria se caso a esposa descobrisse, tivesse um desentendimento, porém isso ainda está em análise, a gente não pode dizer que ela teve envolvimento no desaparecimento”, completou.