Polícia

Pai que bateu em filho autista de 2 anos é preso; madrasta filmou as agressões

Por Tribuna Hoje com agências 19/12/2024 08h28 - Atualizado em 19/12/2024 11h22
Pai que bateu em filho autista de 2 anos é preso; madrasta filmou as agressões
Central de Flagrantes - Foto: PC/AL



Um homem de 34 anos foi preso nesta quarta-feira (18) no bairro Tabuleiro dos Martins, em Maceió, acusado de agredir o próprio filho, uma criança autista de 2 anos. Os atos de violência foram registrados em vídeo pela companheira dele, madrasta do menino. As imagens mostram o pai desferindo socos, empurrões e outras agressões contra uma criança.

Após cometer as agressões, o homem deixou a residência levando o filho. A madrasta acionou a polícia, que localizou os dois em uma praça. O homem estava deitado em um banco, com a criança ao lado. A madrasta resgatou o menino, que apresentava lesões visíveis no rosto.

Relatos chocantes de violência Segundo o depoimento da madrasta à polícia, além dos socos e empurrões, a criança foi vítima de chutes, esganaduras e outras formas de violência física. Em um dos episódios, o homem teria colocado o dedo na garganta do filho e, em seguida, dado uma tapa que fez a criança bater na cabeça na parede, causando um ferimento no rosto.

A mulher relatou que, ao questionar o companheiro sobre o motivo das agressões, ele justificou dizendo que havia sido criado dessa maneira. Ela rebateu, afirmando que isso não lhe dava o direito de espancar o próprio filho.

A madrasta revelou ainda que o menino era agredido com frequência e que não denunciou o caso antes por medo, já que havia sido ameaçada de morte pelo companheiro. Grávida, ela relatou que o homem também ameaçou, dizendo que a perderia o bebê. A coragem para procurar ajuda veio após o incentivo de um vizinho.

Prisão e autolesão O homem foi preso em flagrante e encaminhado para a Central de Flagrantes. Ao chegar na cela, começou a bater a cabeça contra a parede, causando ferimentos em si mesmo. A cena foi registrada por policiais de plantão.

Ele vai responder pelos crimes de lesão corporal dolorosa e violência doméstica. A Polícia Civil segue investigando o caso.