O motel da chacina ocorrida na madrugada do último (20), em Maribondo, interior de Alagoas, não possui câmara de segurança. O estabelecimento pertence a uma família e tem 20 anos de existência.

As câmaras de segurança poderiam ajudar a polícia na investigação do caso.

O CASO

Dois homens com roupas camufladas chegaram a um motel no município de Maribondo, na madrugada desse sábado (20), perguntando pelo proprietário de um veículo que estava estacionado no local. Eles disseram ser integrantes da Polícia Federal (PF) e ordenaram que os ocupantes do quarto abrissem a porta.

Depois que entraram no quarto, eles pediram que todos deitassem no chão com as mãos na cabeça, antes de executá-los.

Ao menos dois dos quatro homens mortos a tiros dentro de um motel, em Maribondo, no interior de Alagoas, tinham passagem pela polícia por envolvimento com o tráfico de drogas, conforme informação da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL). Ainda não há informações sobre o que teria motivado o crime.

O caso está sendo tratado com prioridade pela PC/AL. Ainda neste sábado, a PC/AL anunciou que uma comissão de delegados vai investigar o crime, que abalou a região de Maribondo. Foram designados os delegados Igor Diego Vilela, da Diretoria de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), e Thales Araújo, Diretoria de Inteligência da Polícia (Dinpol).

Diligências já foram realizadas neste fim de semana. Nesta segunda-feira (22), a polícia começa a ouvir as testemunhas do caso para esclarecer a motivação e a identificação dos autores do crime.

Os corpos das quatro vítimas foram liberados para sepultamento pelo Instituto Médico Legal (IML) nesse domingo. O crime chocou a população da cidade.

De acordo com o Departamento de Identificação Humana, as vítimas eram alagoanas e residiam no município de Maribondo. Elas foram identificadas como Claudionor Antônio dos Santos de 45 anos, Lucas Toledo dos Santos de 23 anos, José Márcio dos Santos, de 28 anos e José Wanderson da Silva de 27 anos.