Polícia

Advogado critica prática excessiva de prisões preventivas no Brasil, situação que desrespeita a Lei, diz

A utilização indiscriminada das prisões preventivas viola o princípio da presunção de inocência

Por Assessoria 14/06/2024 07h34
Advogado critica prática excessiva de prisões preventivas no Brasil, situação que desrespeita a Lei, diz
Adeilson : esse pré-julgamento público ignora a presunção de inocência - Foto: Instagram

O advogado Adeilson Bezerra, postou em suas redes sociais, um comentário valioso sobre a prática excessiva de prisões preventivas no Brasil, que segundo ele desrespeita os princípios constitucionais. Bezerra que também e presidente em Alagoas do partido Solidariedade, assegura que a Constituição Federal de 1988 é clara ao garantir o devido processo legal e a presunção de inocência, estabelecendo que ninguém deve ser privado de liberdade sem um julgamento final.


“No entanto, a prática excessiva de prisões preventivas no Brasil tem desrespeitado esses princípios constitucionais. Essas prisões, que deveriam ser medidas excepcionais, têm se tornado comuns, muitas vezes sem a devida justificativa legal”, relata Adeilson Bezerra.


O que o advogado disse:



A utilização indiscriminada das prisões preventivas viola o princípio da presunção de inocência, pois muitas pessoas são mantidas presas sem uma condenação definitiva. Isso contraria a noção de que todos são inocentes até prova em contrário e compromete o direito ao contraditório e à ampla defesa, fundamentais para um julgamento justo.


De acordo com a Constituição Brasileira e o Código de Processo Penal no seu artigo 312, no parágrafo 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.


Essas decretações de prisões preventivas, além de violar direitos fundamentais, muitas vezes resulta na destruição irreparável da reputação dos indivíduos envolvidos. Quando alguém é preso preventivamente, a cobertura midiática sensacionalista e a opinião pública tendem a julgar e condenar essa pessoa antecipadamente.


Esse pré-julgamento público ignora a presunção de inocência, resultando em danos profundos à imagem, à vida pessoal e profissional do acusado, mesmo que posteriormente ele seja absolvido ou as acusações sejam retiradas.


“Por isso, é essencial que o Congresso Nacional atue de maneira mais incisiva na regulamentação das prisões preventivas. Uma proposta seria a criação de uma legislação que estabeleça critérios mais rigorosos e transparentes para a decretação dessas prisões, além de prever mecanismos de reparação para aqueles que foram injustamente encarcerados”, finaliza Bezerra.