Polícia

Quase dois mil são presos em 2023 por violência contra a mulher em Alagoas

Ao todo, no estado, foram presos 1.917 envolvidos em violência contra a mulher e em Maceió, foram 545 prisões

Por Ascom PC/AL 20/12/2023 18h58
Quase dois mil são presos em 2023 por violência contra a mulher em Alagoas
Delegada Ana Luíza Nogueira, coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) - Foto: Ascom PC/AL

A Polícia Civil alcançou números expressivos no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, no ano de 2023, em Alagoas, conforme indicadores divulgados pela instituição nesta quarta-feira (20).

Os dados, revelados pela Coordenação das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), indicam que, durante este ano, foram requeridas 5.520 medidas protetivas de urgência (MPUs) no Estado, sendo 2.933 somente em Maceió.

Ao todo, em Alagoas, foram presos 1.917 envolvidos em violência contra a mulher. Em Maceió, foram 545 prisões.

As estatísticas mostram que os crimes de maior incidência foram: ameaça (28%), lesão corporal (21%), injúria (11%), descumprimento de medida protetiva (6%) e difamação (5%).

A faixa etária predominante das vítimas é de 20 a 29 anos (31% das ocorrências).

A delegada Ana Luíza Nogueira, coordenadora das DEAMs, explica que o alto número de requerimentos de medidas protetivas de urgência representa maior confiança da sociedade nos órgãos de segurança pública e, sobretudo, menor tolerância das vítimas com relação à violência doméstica.

“Isso também se percebe com relação aos crimes de maior incidência, tanto é que os de maior frequência são crimes de menor intensidade como, por exemplo, a ameaça que figura no topo com 28% das ocorrências”, afirma a delegada.

Ana Luíza Nogueira reforça que os indicadores mostram uma menor tolerância aos crimes contra as mulheres que estão tentando romper o ciclo espiral da violência.

Outro dado importante, segundo ela, é a faixa etária das vítimas, predominante, de 20 a 29 anos, representando 31% de todas as ocorrências. “Isso indica que as novas gerações estão mais conscientes acerca dos direitos igualitários das mulheres”, concluiu a delegada.