Polícia
Polícia Científica conclui em laudo que mulher de 27 anos morreu por envenenamento
Fernanda Silva Valoz da Cruz Pinto teria ingerido bombom dado por uma cigana que havia lido sua mão
Um laudo produzido pelo Instituto de Criminalista de Alagoas irá contribuir para o avanço nas investigações policiais sobre o inquérito da Polícia Civil que apura a morte da jovem Fernanda Silva Valoz da Cruz Pinto, de 27 anos, ocorrida em Maceió. O exame realizado está semana pelo órgão da Polícia Científica concluiu que ela foi vítima de envenenamento. A jovem recebeu um bombom envenenado de uma cigana que teria lido sua mão e informado que ela tinha poucos dias de vida, segundo relatos de familiares.
O chefe do Laboratório de Química e Toxicologia, perito criminal Thalmanny Goulart, responsável pelo exame, explicou que a unidade laboratorial do IC recebeu do IML de Maceió amostras de humor vítreo, sangue, conteúdo estomacal e urina coletadas durante o exame de necropsia para análise. Para chegar ao resultado final, o perito criminal analisou essas amostras usando o equipamento de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas.
“Infelizmente mais um caso envolvendo envenenamento pelas substâncias sulfotep e terbufós. Essas substâncias têm grande prevalência nos casos de envenenamento/intoxicação no Brasil e pelo seu fácil acesso, apesar de ser regulada pelo Ministério de Agropecuária, Pecuária e Abastecimento“, afirmou o chefe do laboratório.
Segundo boletim de ocorrência registrado na Central de Flagrantes da Polícia Civil pela família de Fernanda Valoz, a vítima teria passado mal no dia 3 de agosto deste ano, apresentando dores estomacais, vômito, sangramento pelo nariz, e salivação excessiva expelida pela boca. Ela foi levada às pressas para a Santa Casa de Misericórdia, vindo a falecer na madrugada do dia seguinte.
A família ainda informou que Fernanda Valoz sofria de úlcera e gastrite, cujos alguns sintomas podem se assemelhar a casos de intoxicação alimentar. Por esses outros motivos alegados pelos familiares, como a suspeita de um possível envenenamento intencional, o óbito de Fernanda Valoz foi registrado como morte a esclarecer, sendo o corpo dela transferido do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para o IML da Capital.
Após o exame cadavérico, e coleta dos materiais biológicos necessários, o IML de Maceió solicitou ao Instituto de Criminalística, os exames complementares laboratoriais para concluir a causa da morte. O laudo emitido pelo Laboratório de Química e Toxicologia foi encaminhado para o IML e foi disponibilizado também para o 1º Distrito Policial, responsável pela investigação do caso.
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