Polícia

Prefeito afastado de Rio Largo, Gilberto Gonçalves é preso por agentes da Polícia Federal

Por determinação da Justiça Federal, Gilberto Gonçalves está afastado pelo período de 60 dias, desde a deflagração da Operação Beco da Pecúnia

Por Redação com Ascom PF 22/08/2022 08h07
Prefeito afastado de Rio Largo, Gilberto Gonçalves é preso por agentes da Polícia Federal
Gilberto Gonçalves - Foto: Divulgação

O prefeito afastado do município de Rio Largo, Gilberto Gonçalves (PP), foi preso por agentes da Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (22). Ele é investigado por um esquema de desvios de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa com a utilização de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Sistema Único de Saúde (SUS).

Por determinação da Justiça Federal, Gilberto Gonçalves está afastado pelo período de 60 dias, desde a deflagração da Operação Beco da Pecúnia, há duas semanas, que cumpriu 35 mandados de busca e apreensão em 6 municípios alagoanos (Maceió, Rio Largo, Messias, Paripueira, São Sebastião e Palmeira dos Índios) e 1 em São Paulo.

Os agentes da PF também cumpriram ordens judiciais de sequestro de bens móveis e imóveis para garantir o futuro ressarcimento aos cofres públicos no valor de R$ 12 milhões.

Além de afastar os agentes públicos, a Justiça também acatou o pedido da PF para que estes servidores fossem proibidos de frequentar órgãos públicos do município, de manter contatos entre si e de ausentar-se do país, devendo entregar o passaporte. A proibição também alcançava a imediata suspensão dos contratos entre as pessoas jurídicas e o município de Rio Largo.

A investigação

De acordo com a investigação da Polícia Federal, teriam ocorrido possíveis ilegalidades nas contratações e respectivos pagamentos realizados pelo município de Rio Largo, em favor de duas pessoas jurídicas, para aquisições de material de construção, peças e serviços para veículos, as quais teriam recebido do citado município o valor aproximado de R$ 20 milhões.

A apuração identificou que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques “na boca do caixa” de contas de tais empresas, com o valor individual de R$ 49 mil, logo após terem recebido recursos de contas do município de Rio Largo, visando burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF, que prevê a obrigatoriedade de as instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil.