Adriana Ferreira da Silva, de 31 anos, que confessou ter jogado pela janela o enteado M. A. S. S., de 6 anos, do 4º andar de um edifício no Benedito Bentes, em Maceió, vai continuar presa por decisão da Justiça.

A Decisão foi divulgada nesta tarde (2), após uma audiência de custódia. Adriana teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. A mulher foi encaminhada ao Presídio Feminino Santa Luzia.

"Revelam-se inadequadas às medidas cautelares diversas da prisão, razão pela qual, converto a prisão em flagrante em prisão preventiva, em face da custodiada Adriana Ferreira da Silva, cuja medida é necessária para garantia da ordem pública, em face da gravidade do crime", diz trecho da decisão judicial decretada pelo juiz Ygor Figueiredo.

Em entrevista para uma emissora de TV local, a acusada relatou que brigava com o companheiro – pai da criança, e por ciúmes perdeu a cabeça porque o seu filho mais velho, de 14 anos, teria sido ameaçado por ele.

"Eu acabei com a minha vida, com a vida dos meus filhos. Eu tenho que pagar pelo que fiz. Eu estou muito arrependida do que fiz com o menino, pedindo muito a Deus que ele saia dessa, porque ele não tinha culpa de nada", afirmou Adriana.

Já o pai da criança disse que de início achou que Adriana tinha jogado as roupas dele. ‘’Pensei que ela tinha jogado minhas roupas’’.

O caso aconteceu na madrugada da segunda-feira (23). A criança de seis anos continua internada no Hospital Geral do Estado (HGE), e seu estado de saúde é considerado estável. A vítima deu entrada no hospital com ferimentos no rosto e escoriações pelo corpo.

A equipe médica avaliava a necessidade de realização de uma cirurgia para conter sangramentos, mas a cirurgia não aconteceu. A assessoria de comunicação do hospital informou que só há previsão da realização de um exame de ultrassom.

De acordo com o último boletim médico divulgado, nesta tarde, o menor M. A. S. S. está internado na Pediatria. Seu quadro clínico tem evoluído bem e seu estado de saúde permanece estável.

GUARDA

Duas tias da criança estiveram na manhã desta terça-feira na Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente para pedir a guarda do menino, já que sua mãe é falecida.  Uma das tias, que reside em Atalaia, mas trabalha como empregada doméstica na capital alagoana, disse emocionada que suas condições financeiras não é boa, que seu esposo está desempregado, mas que fica com o sobrinho de todo o coração. 

"Amor não vai faltar. Não tínhamos conhecimento de que o pai e a mulher dele brigassem tanto por ciúmes, diante dessa situação não tem como meu sobrinho permanecer no convívio dele, porque isso pode acontecer com qualquer outra mulher que ele arrume", desabafou.