Davi Silva dos Santos, de 24 anos, funcionário de uma clínica veterinária, que foi flagrado sufocando um cachorro até a morte durante uma tosa tem passagem pela polícia por homicídio e receptação.
Ele foi preso em flagrante nesta quinta-feira (20). Segundo o advogado da clínica É o Bicho, Napoleão Lima Júnior, a direção do estabelecimento não tinha conhecimento dos antecedentes criminais do funcionário que trabalhava na clínica há cerca de três meses.
"Lamentavelmente empresas não têm como a gente verificar antecedentes. Geralmente quando a pessoa trabalha em outra empresa, a gente pede informações, mas a gente não teve identificação nenhuma em relação a isso", disse o advogado acrescentando ainda que foram informados pela polícia sobre os crimes praticados anteriormente por Davi.
Segundo a dona do animal, Maria Eduarda Cavalcante, a versão de que o cachorro teria estressado Davi é falsa, já que o animal era dócil e nunca havia mordido ninguém. O cachorro foi levado ao local para tomar banho junto com outro cachorro que pertence à família.
"A gente tem outra fêmea. Por volta das 9h30 da manhã ligaram para meu pai retornar à clínica porque havia acontecido um acidente. Quando meu pai chegou lá, disseram que ele tinha tido uma parada", disse ela.
A Polícia Militar foi acionada para a ocorrência e na clínica, os militares, ao perceber que o cachorro estava morto após ter sido puxado com violência, o funcionário deixou a sala de tosa e avisou outras pessoas que o animal tinha desmaiado. Uma equipe da clínica levou o cão para ser reanimado, mas ele não resistiu. Somente quando verificaram as imagens do circuito de segurança é que percebem o ocorrido e acionaram a polícia.
Davi Silva foi ouvido pelo delegado Leonam Pinheiro e disse que "estava estressado", mas nega ter matado o animal.
Agora, o jovem será responsabilizado pelo crime de maus tratos, que tem uma pena de até cinco anos de reclusão acrescida de um terço quando há o resultado morte.
O Procon Maceió alerta que a clínica também pode ser responsabilizada pelo ocorrido, respondendo por danos materiais e morais, já que tem responsabilidade sobre a segurança do animais.
O CASO
O animal era da raça shih tzu e morreu após ter sido sufocado durante uma tosa por um funcionário de uma clínica veterinária, no Barro Duro, nesta quinta-feira (20).
Em um vídeo publicado nas redes sociais do delegado de crimes ambientais, Leonam Pinheiro, é possível ver que o homem aperta a coleira do cachorro em pregos na parede, saí da sala e quando volta o cão já está morto por sufocamento. Ele saiu e quando voltou ainda conferiu com dois tapinhas se o animal de fato estava morto.
A cena foi registrada por câmeras de segurança e os próprios responsáveis pela clínica chamaram a polícia.