Polícia

Polícia investiga agressões após show em Jaraguá

Delegado especial é designado para acompanhar caso de quatro pessoas da mesma família agredidas no último sábado (1º)

Por Sirley Veloso com Tribuna Independente 04/01/2022 06h56
Polícia investiga agressões após show em Jaraguá
Reprodução - Foto: Assessoria
A Delegacia Geral da Polícia Civil designou nesta segunda-feira (3), o gerente de Polícia Judiciária da Região1 (GPJ 1), delegado Valter Nascimento, como delegado especial na investigação do caso de agressões sofridas por quatro membros de uma mesma família. O fato aconteceu após um show do cantor Gustavo Lima, realizado no último dia 1º, no estacionamento de Jaraguá, onde anteriormente funcionava um ponto de vacinação contra a Covid-19 da Prefeitura de Maceió. O delegado Valter Nascimento dará sequência a investigação, iniciada após o registro do Boletim de Ocorrência (B.O.) e os primeiros procedimentos feitos na Central de Flagrantes da Capital. A família esteve com o delegado-geral da Polícia Civil, Carlos Reis, que passou a informação sobre a designação do delegado especial para acompanhar o caso e aproveitou para colher depoimentos. Pai de duas vítimas relata violência sofrida pelos filhos   Bastante emocionado, o farmacêutico Márlon Robério Gonçalves Fernandes, de 63 anos e pai de duas das vítimas, relatou as agressões sofridas por quatro membros de sua família ao final do show. “Eu encontrei meu filho sentado no meio fio, de cabeça baixa. Quando ele levantou a cabeça, o olho estava muito machucado, sangrando. Eles só não mataram meu filho porque minha filha disse que estava filmando”. Márlon disse que o filho, a filha, o genro e a nora saíram do show e o ligaram, pois não estavam conseguindo uber. “Quando cheguei ao local me deparei com eles naquela situação absurda. Os agressores conversavam com os policiais de forma muito amigável, mostrando, inclusive, algo no celular”, relata contrariado o farmacêutico. Segundo Marlon, a família voltava do show quando os suspeitos das agressões passaram assediando as mulheres do grupo. “Meu filho disse que eles fossem embora, pois eram de paz. Foi quando os agressores voltaram já espancando meu filho. Quando um deles tentava um mata leão, minha filha disse que eles iriam matar o irmão, que estava filmando e que eles seriam presos pelo crime. Ele soltou meu filho, partiu para a minha filha machucando seus braços e pés. Tomou o celular, pisoteou e o jogou no mar”, afirmou Marlon. Ele continuou dizendo que “um dos agressores é lutador de Jiu Jtsu. Inclusive, faço um apelo à federação desse esporte, pois uma pessoa com um instinto de agressividade tamanha precisa ser punido de todas as formas cabíveis”. Marlon disse que estranhou também o comportamento de alguns membros da guarnição policial que estavam no local do ocorrido. “Os agressores transitavam de forma muito amigável junto aos policiais. Além disso, recebi conselhos dos próprios policiais para não levar o caso adiante”. Ele relatou que os filhos foram levados à Central de Flagrantes, na Avenida Fernandes Lima, no Farol, e que devido à velocidade exercida pela viatura não conseguiu acompanhar. “Eles saíram que parecia fazerem uma perseguição policial. Quando cheguei na Central, eles já estavam. Minha filha disse que, no caminho, os policiais chegaram a abrir a mala do camburão e falar que eu não havia conseguido acompanhar, sendo melhor desistir do caso”, disse o farmacêutico. Ele relata que chegou à Central por volta de 9h da manhã do dia dois e que foi aconselhado pelos policiais de plantão a ir primeiramente a um hospital, pois seu filho estava bastante machucado. “Após o hospital ainda fui ao IML. Voltamos à Central e só conseguimos prestar nossos depoimentos por volta das 21h”, afirmou. Com relação ao encontro com o delegado Carlos Reis, Marlon disse que foram bem acolhidos. “Nos sentimos muito bem acolhidos pelo delegado, que prometeu total empenho no caso”.