Polícia

Empresário acusado de estuprar as duas enteadas tem HC negado pela Justiça novamente

Ele está preso desde julho deste ano, quando já fazia uso de tornozeleira eletrônica por violência doméstica

Por Redação 14/10/2020 12h17 - Atualizado em 14/06/2023 17h33
Empresário acusado de estuprar as duas enteadas tem HC negado pela Justiça novamente
Reprodução - Foto: Assessoria

Acusado de estupro de vulnerável, maus-tratos, assédio sexual e estupro qualificado contra as duas enteadas, um empresário teve mais um pedido de Habeas Corpus (HC) negado pela Justiça de Alagoas na manhã desta quarta-feira (14). O homem está preso desde o dia 16 de julho, em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela 14ª Vara Criminal da Capital.

Esse não é o primeiro pedido de HC negado pela Justiça. No 28 de julho deste ano, ele teve o primeiro pedido de liberdade negado em uma decisão do desembargador José Carlos Malta Marques.

Mãe agradece decisão 

A mãe das duas crianças vítimas do empresário agradeceu a decisão e classificou o momento como 'mais uma vitória'.

"Hoje foi mais um dia de vitória e de agradecimento a Deus. Aconteceu na manhã de hoje o julgamento do HC e a votação terminou em 3x1 para mantê-lo preso. [...] São milhares de vítimas que se encorajam a denunciar e brigar por justiça e agora baseados em decisões como essa retomam cada vez mais a esperança em dias melhores", dizia um trecho do comunicado enviado à imprensa.

O caso

O empresário, que já fazia uso de tornozeleira eletrônica por violência doméstica, foi preso no apartamento onde morava. A denúncia em desfavor do suspeito foi oferecida pelo Ministério Público Estadual (MP/AL). A juíza Juliana Batistela, da 14ª Vara Criminal da Capital, informou que os abusos já vinham acontecendo há algum tempo e só vieram à tona depois que duas ex-funcionárias denunciaram que também foram vítimas de abuso sexual.

"É um tipo de abuso que não tem vestígios, mas ele mexia nas crianças. A gente entende que a narrativa das crianças é bem coerente e foi mais de uma vez. As ameaças eram verdadeiras", afirma a juíza.