Polícia

Quarto envolvido em morte de Giovanna foi morto por traficantes

Segundo a Polícia Civil, os criminosos acreditaram que se o autor do disparo morresse, não haveria ação policial no Jacintinho

Por Carlos Amaral com Tribuna hoje 24/10/2018 11h58
Quarto envolvido em morte de Giovanna foi morto por traficantes
Reprodução - Foto: Assessoria
O quarto suspeito de matar a jovem Giovanna Lopes Cavalcante Porangaba foi assassinado por traficantes do Jacintinho, ainda na madrugada de sábado (20) – dia do crime – para o domingo (21), devido à repercussão que o fato traria à região. Alexandro Borges da Silva, vulgo “Mano”, é apontado como o autor do disparo que matou a jovem. Segundo a Polícia Civil, os traficantes acreditaram as forças de segurança não ocupariam o bairro à procura dos autores se o autor do crime estivesse morto. Os outros três envolvidos no crime, mortos em confronto com a polícia ainda no sábado, também estiveram presentes no momento da morte de Alexandro Borges da Silva. Então com 24 anos de idade, Mano foi assassinado a facadas e seu corpo foi enterrado por trás do Colégio Adventista, num bueiro na Travessa Girassol, entre os bairros do Feitosa e Jacintinho. Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (24), os delegados Thiago Prado, Fábio Costa, Rebeca Gusmão e Eduardo Mero deram por encerrado o inquérito sobre a morte de Giovanna Lopes Cavalcante. “Os traficantes do Jacintinho não gostaram com a repercussão que a morte de Giovanna poderia ter, com muitos policiais presentes no bairro. Na mesma noite, eles capturaram os quatros e ao identificarem o Alexandro como o autor dos disparos, o mataram a facadas”, explica a delegada Rebecca Cordeiro. Os outros três envolvidos no crime – Gustavo Geraldo de Oliveira dos Santos, Maciel Gomes Sarmento e “Vitinho” Santos –, mortos em confronto com a polícia ainda no sábado, também estiveram presentes. Em relação ao crime de assassinato contra Alexandro Borges da Silva, o delegado Eduardo Mero, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) garantiu que o caso já está concluído, “mas não vamos dar os nomes dos autores porque ainda restam algumas diligências e oitivas a serem tomadas”. CASO A jovem Giovanna Lopes Cavalcante Porangaba, de apenas 15 anos de idade, foi morta com um tiro na cabeça na porta de sua própria casa. Segundo informações de populares, a vítima é sobrinha do ex-prefeito de Matriz do Camaragibe e suplente de deputado estadual, Cícero Cavalcante. De acordo com informações de populares à Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), Giovanna Lopes chegava de um bar na orla de Maceió e, ao descer de um carro, foi alvejada por bandidos ainda não identificados. O crime aconteceu na Rua Maria Cecília da Rocha, próximo à Casa de Custódia e à antiga Delegacia de Roubos e Furtos. A PM ainda informou que os ladrões estariam praticando um arrastão na região e Giovanna teria reagido e, por causa disso, foi executada pelos assaltantes. A jovem ainda foi socorrida pelo próprio motorista (que trabalha para uma empresa de aplicativo) para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na área vermelha do hospital. Uma grande operação mobilizou cerca de 100 policiais civis e militares de diversas unidades. Após as primeiras investigações, ficou comprovado que quatro suspeitos residentes na grota do Rafael estavam envolvidos no homicídio e escondidos naquela localidade. Durante a operação, houve troca de tiros e três suspeitos acabaram morrendo. Já o outro comparsa conseguiu empreender fuga, tomando destino ignorado. Os mortos foram identificados como Gustavo Geraldo de Oliveira dos Santos, Maciel Gomes Sarmento e “Vitinho” Santos. Dois revólveres calibre 38 e uma espingarda 12 foram apreendidos. Giovanna Lopes Cavalcante Porangaba era sobrinha de Cícero Cavalcante (MDB), ex-prefeito de Matriz de Camaragibe, e prima da deputada estadual eleita Flávia Cavalcante (PRTB) que é casada com Kelmann Vieira (PSDB), presidente da Câmara Municipal de Maceió e delegado da Polícia Civil.