Polícia

Prisão de 19 suspeitos de explosões a bancos em Alagoas é detalhada em coletiva

Grupo também tinha ramificações na Bahia e em Pernambuco, apontam as investigações

Por Texto: Vanessa Siqueira com Agência Alagoas 09/02/2018 15h31
Prisão de 19 suspeitos de explosões a bancos em Alagoas é detalhada em coletiva
Reprodução - Foto: Assessoria
A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP) apresentou, nesta sexta-feira (9), em coletiva de imprensa, o trabalho realizado pela Polícia Civil, por meio da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) e a Seção de Roubo a Bancos (Serb), em conjunto com a Polícia Militar e o Grupamento Aéreo, que resultou na prisão de 19 pessoas suspeitas de participarem de ataques a bancos em Alagoas e outros estados. As prisões aconteceram em Alagoas, Bahia e Pernambuco e tiveram ainda o apoio das polícias destes estados. Sete pessoas foram presas e outras 12 que já estão no sistema prisional tiveram mandados de prisão cumpridos. Quatro veículos utilizados nas ações foram apreendidos, além de 18 quilos de explosivos, grampos utilizados pelos criminosos para espalhar nas rodovias, celulares, entre outros materiais. Em Alagoas, o grupo investigado realizou os ataques às agências bancárias de Canapi, Mata Grande, Traipu, Quebrangulo, Teotonio Vilela, Campo Alegre e Estrela de Alagoas. Como as investigações e a operação deflagrada ainda terão prosseguimento, mais pessoas podem ser presas e outros crimes podem ser descobertos. O secretário da Segurança Pública, Lima Júnior, destacou a importância da operação e da investigação realizada que conseguiu chegar a um grupo perigoso e que tinha atuação em outros estados do Nordeste. “Foi uma operação muito forte das equipes da Polícia Civil e Militar e do Grupamento Aéreo, com a importante contribuição das agências de Inteligência. Conseguimos prender integrantes da quadrilha e ainda material que poderia ser utilizado em ações futuras”, afirmou. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Sampaio, parabenizou as equipes do 3º Batalhão, 1ª e 4ª Companhias Independentes que atuaram na ação, mostrando que a Segurança Pública de Alagoas está atenta e trabalha para identificar e prender criminosos. O delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, lembrou o aumento de ocorrências de explosões a banco ocorridas no mês de janeiro e que o trabalho realizado no Agreste alagoano esta semana deu uma importante resposta à sociedade, prendendo suspeitos de praticarem vários crimes. O diretor da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), delegado Mário Jorge Barros, explicou que as investigações tiveram início com a apreensão de uma Amarok de cor prata em Alagoas. Após este veículo, a polícia conseguiu detectar a ligação entre os demais casos que estavam ocorrendo em Alagoas. Foi constatado ainda que os suspeitos presos tinham envolvimento também com outros crimes, como homicídios e tráfico de drogas e possuíam ramificações na Bahia e em Pernambuco. Na última quinta-feira (8) foram cumpridos os mandados de prisão em Alagoas, Pernambuco e Bahia e foram presos Jennerson Maykon de Almeida Paulino, Ramon Oliveira da Cruz, Isaltina Oliveira da Cruz, Ana Paula Araújo da Silva, Odeene dos Santos Rosário, conhecida como ‘Bule’, José Domingos Nascimento Silva, o ‘Dedé’, e Antônio da Silva Santos, o ‘Toinho’. Já no sistema prisional de Alagoas e da Bahia foram cumpridos mandados de prisão contra Denilson da Silva Nunes, Egildo Luiz Gomes, Felipe Oliveira de Araújo, José Ronilson da Silva, Adeildo de Souza Timóteo, Henrique Rocha da Cruz, Alexandre dos Santos Barbosa, Zivanildo Evangelista dos Santos e Fábio Adriano Mendes Cruz. O delegado Vinícius Ferrari, da Seção de Roubo a Banco (Serb), da Polícia Civil, explicou que Ramon, Isaltina e Ana Paula vieram da Bahia para Alagoas com a finalidade de adquirir imóveis em pontos estratégicos do Estado para conseguir assim pontos de tráfico de drogas e articular as explosões. As investigações constataram também que Odeene veio da Bahia para Alagoas pouco tempo depois com a mesma finalidade. Mesmo à distância, tanto ele quanto Ramon comandavam o tráfico de drogas na Bahia. “A quadrilha se instalou em Pilar e Arapiraca e alugou uma chácara em Coité do Nóia, onde escondiam explosivos, grampos, armas e outros materiais usados nas ações. Conseguimos ainda apreender veículos usados nas ações. Outro ponto importante é que a sequência de ações se deu pelo fato de o bando ter roubado uma quantia de dinheiro pequena nas primeiras ações. Inclusive estamos investigando se uma explosão ocorrida hoje (9), em Correntes (PE) é de autoria da quadrilha”, afirmou.