Polícia

Ações da polícia em comunidades do Rio deixam mais de 14 mil alunos sem aulas

18 escolas, sete creches, 13 Espaços de Desenvolvimento Infantil e um Centro de Educação de Jovens e Adultos estão sem atendimento na Maré

Por Texto: Douglas Corrêa com Agência Brasil 28/11/2017 15h02
Ações da polícia em comunidades do Rio deixam mais de 14 mil alunos sem aulas
Reprodução - Foto: Assessoria
Pelo segundo dia consecutivo, as polícias civil e militar realizam operações no Morro do Barbante, que fica na Ilha do Governador e no Complexo da Maré, as duas na zona norte do Rio. As ações deixaram 14.505 alunos da rede municipal de ensino sem aula, por medida de segurança. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 18 escolas, sete creches, 13 Espaços de Desenvolvimento Infantil e um Centro de Educação de Jovens e Adultos estão sem atendimento na Maré, suspendendo as aulas para 14.335 alunos. A ação na Maré foi feita pela Delegacia de Combate às Drogas da Polícia Civil. O delegado Felipe Curi, que comandou a ação contra o crime organizado, disse que na chegada à região os policiais foram recebidos a tiros, mas ninguém ficou ferido. Morro do Barbante Na Ilha do Governador, uma ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, no Morro do Barbante, deixou 170 alunos e um Espaço de Desenvolvimento Infantil sem aula hoje. Este é o segundo dia de operação da PM no Morro do Barbante depois que um grupo de 40 traficantes destruíram no sábado passado (25) o Posto de Policiamento Comunitário da Polícia Militar (PM), em represália à proibição pela corporação da realização de um baile funk na comunidade. Em confronto, com os militares do Bope, dois suspeitos acabaram feridos e foram levados para um hospital público da região. Foram apreendidos um fuzil e uma escopeta, além de uma quantidade drogas ainda não contabilizada. A região é comandada pelo traficante Wagner Barreto de Alencar, o Cachulé, de 37 anos. Ele é o principal suspeito de ordenar no último sábado (25) a destruição do Posto da PM e expulsar dois policiais militares de serviço na unidade militar instalada na Vila Joaniza, no morro do Barbante. Cachulé é acusado de  liderar o tráfico de drogas da comunidade e de ser ligado à facção criminosa Comando Vermelho. Ele responde por vários crimes e é considerado foragido da justiça.