Polícia
Último envolvido em morte de professor da Ufal Daniel Thiele é apresentado
Cristiano Nascimento Germano foi um dos que estavam presentes no homicídio
Na manhã desta sexta-feira (23), a Secretaria de Segurança Pública apresentou o último suspeito de envolvimento na morte do professor da Ufal Daniel Thiele, ocorrida no final do mês de setembro. Cristiano Nascimento Germano, o ‘Copal’, foi detido no bairro de Rio Novo, na casa de sua sogra. Após o professor desaparecer em 20 de setembro e ter o carro encontrado em 6 de outubro, a polícia considera o caso encerrado com a prisão do último dos seis suspeitos. A prisão foi realizada por agentes da Divisão Especial de investigação e Capturas (Deic).
A investigação analisou diversas denúncias ao 181 até conseguir chegar na casa de Rio Novo. Lá, ‘Copal’ estava escondido quando uma operação foi montada com apoio da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit) e do Tático Integrado de Grupamentos de Resgates Especiais (Tigre) e sua captura foi realizada.
Em depoimento, Cristiano relatou que ele, Thiago Anderson e André ‘Nego’ encontraram Daniel Thiele nas imediações do Hospital Universitário. ‘Copal’ relata que quem conversou e conhecia o professor anteriormente era André ‘Nego’. André diz o contrário, que Cristiano foi quem conversou e conhecia Daniel.
Na conversa, o professor avisou que iria passar na Ufal e depois ria para um local citado como a ‘Casa de Pai’. O carro com os suspeitos então seguiu o do professor, fato captado pelas câmeras de segurança da universidade. A visita na Ufal durou pouco e ambos veículos saíram em menos de 10 minutos.
De lá, rumaram para Rio Largo. Em um trecho não informado do caminho, André entrou no carro do professor e anunciou o assalto, segundo Cristiano. Os dois carros então se dirigem à mata na Zona Rural de Rio Largo onde o professor teria entrado em briga corporal com André que atingiu o docente da Ufal com o disparo na cabeça.
Os suspeitos então recolhem o jogo de rodas do carro de Daniel e André toca fogo no veículo, um Ford Focus prata de placa NLZ-2301, se utilizando do combustível. As rodas seriam vendidas e foram apreendidas pela polícia durante a investigação. O celular do professor também foi apreendido. Cristiano teria sido o responsável por revender tanto o jogo de rodas como o celular.
Cristiano e André são considerados pela polícia parceiros no crime. Os dois se conheceram no bairro do Santo Amaro. Questionado pela imprensa sobre o crime, Cristiano não quis fazer nenhuma declaração.
Linha do tempo
Em 20 de setembro, o professor desapareceu após sair da Ufal seguido pelos suspeitos. Em 3 de outubro, a Polícia Civil começou a investigar o sumiço de Daniel e descartava o crime de sequestro. Neste dia, o irmão do docente que mora em Santa Catarina já se encontrava em Maceió ajudando a polícia nas buscas.
Em 6 de outubro, o Ford Focus foi encontrado carbonizado em uma mata de Rio Largo muito utilizada para desmanche de veículos. No banco de trás, estava o corpo que seria confirmado após exame de DNA como sendo o de Daniel Thiele.
No mesmo dia, dois irmãos foram detidos e apresentados à imprensa como suspeitos de envolvimento no crime. O maior indício seria a utilização do chip do aparelho celular do professor por um deles para entrar em contato com o outro.
No dia 11 de outubro, os irmãos são libertados porque a investigação não comprova a participação deles no crime. Ainda no dia 11, o exame de DNA confirma que o corpo encontrado é do professor.
Em 22 de novembro, quatro suspeitos do crime foram apresentados. O grupo faz parte de uma organização criminosa. Thiago Anderson Lima da Silva, Anderson da Silva Lima, Luís Fernando Gonçalves de Oliveira e Fabiano da Silva Rocha foram os quatro detidos.
Para ajudar nas investigações, a Polícia Civil divulgou em 6 de dezembro a foto dos últimos foragidos. André ‘Nego’ então foi detido e apresentado no dia 14 de dezembro. E nesta sexta-feira, foi apresentado Cristiano ‘Copal’, o último suspeito, o que coloca fim na investigação da Polícia Civil.
Fotos de Cristiano divulgadas pela Polícia Civil quando estava foragido (Foto: Rívison Batisa / Arquivo)
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