Polícia
Grupo suspeito de estelionato teria lucrado cerca de R$ 1 milhão em Alagoas
Suspeitos foram detidos no município de São Miguel dos Campos
Agentes da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) apresentaram, na tarde desta segunda-feira (5), uma quadrilha suspeita de praticar o crime de estelionato em Alagoas e em outros estados. Os suspeitos foram detidos na cidade de São Miguel dos Campos. O delegado Mário Jorge, coordenador da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), estima que os golpes aplicados pelo grupo criminoso renderam aos suspeitos cerca de R$ 1 milhão.
Foram apresentados na tarde desta segunda na SSP: Wallisson Thiago dos Santos Silva, de 32 anos de idade; Alisson Alan dos Santos de Oliveira, de 23 anos; Rosivan Alves Valença, de 42 anos; Taciana de Araújo Amorim, de 29 anos de idade; José Cícero Ezequiel, de 34 anos; e Marco Aurélio dos Santos Oliveira, de 45 anos. Os mandados de prisão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal, sendo que José Cícero e Marco Aurélio foram presos em flagrante. Wallisson Thiago é apontado como o líder do grupo.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, a investigação teve início há cinco meses quando lojas de Alagoas denunciaram que foram vítimas do grupo. “Eles falsificavam cartões de crédito, CNHs e comprovantes de residência. Inclusive, os comprovantes de residência eram falsificados utilizando papéis da Eletrobras. Um rolo de papel da Eletrobras também foi apreendido na operação”, afirmou o secretário.
O delegado Mário Jorge afirmou que o grupo criminoso pagava, mensalmente, a uma determinada empresa, o valor de R$ 1.299 para ter acesso a dados de possíveis vítimas que pudessem ter documentos falsificados. “A quadrilha não agia só em Alagoas. Segundo as investigações, eles estiveram na região Sudeste utilizando cartões de crédito falsificados”, afirmou o delegado. Também de acordo com o delegado, o grupo tinha feito várias viagens a Caruaru, em Pernambuco, para comprar mercadorias e depois revendê-las. “Um supermercado em Maceió chegou a ter um prejuízo de R$ 150 mil”, afirmou o delegado.
O método de revenda, segundo Mário Jorge, era feito pelos criminosos para ‘lavar’ o dinheiro que vinha do estelionato. Na operação, foram apreendidos, além de vários documentos, computadores, impressoras, máquinas de scanner, celulares e outros eletrônicos. Segundo os agentes da SSP, o grupo criminoso cobrava cerca de R$ 2 mil para falsificar uma CNH. “Temos a informação de que vários bandidos também procuravam a quadrilha para terem comprovantes de residência falsificados”, afirmou Mário Jorge.
Os suspeitos serão autuados por falsificação de documentos, estelionato e formação de organização criminosa. Ao serem questionados pela imprensa, todos os suspeitos negaram a participação nos crimes.
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