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Morre Morgan Spurlock, diretor que comeu um mês de McDonald’s para documentário

Americano ficou conhecido por participar de experimento em 'Super Size Me', de 2004

Por IstoÉ Gente/Variety 24/05/2024 17h12
Morre Morgan Spurlock, diretor que comeu um mês de McDonald’s para documentário
Morgan Spurlock ficou conhecido por participar de experimento em 'Super Size Me', de 2004 - Foto: Reprodução

Morreu nesta quinta-feira, 23, Morgan Spurlock, de 53 anos, diretor do documentário “Super Size Me — A Dieta do Palhaço”. Na produção, que foi indicada ao Oscar de Melhor Documentário, ele passou um mês consumindo apenas produtos da rede de fast-food McDonald’s.

De acordo com familiares, o documentarista faleceu em decorrência de complicações de um câncer não especificado.

“Foi um dia triste, por termos que nos despedir do meu irmão Morgan”, lamentou Craig Spurlock, que trabalhou com o documentarista em diversos projetos. “Morgan deu tanto por meio de sua arte, ideias e generosidade. Hoje, o mundo perdeu um verdadeiro gênio criativo e um homem especial. Eu estou tão orgulhoso de ter trabalhado com ele”, completou.


‘Super Size Me’

Trabalho de maior notoriedade de Spurlock, o documentário mostrou os efeitos no corpo e mente do diretor em 30 dias consumindo apenas McDonald’s. As regras determinavam que ele não poderia recusar o tamanho grande das refeições (“super-size”), quando oferecido pelos funcionários do restaurante. Além disso, ele evitou a prática de atividades físicas no período.

Como resultado, Spurlock revelou ter engordado 11 kg e ter sofrido de depressão e falência do fígado. Apesar disso, a produção arrecadou US$ 22 milhões (aproximadamente R$ 66 milhões, na cotação da época) em bilheteria e despertou uma discussão global que levou ao fim das refeições “super-size” na rede de fast-food.

Nos anos seguintes, o documentarista produziu e dirigiu quase 70 outros títulos, entre filmes documentais e séries de televisão. Em 2017, em resposta ao movimento “#MeToo” contra assédio sexual, Spurlock admitiu ser “parte do problema”. O diretor revelou ter tido uma série de relacionamentos extraconjugais, confessou ter assinado um acordo com uma ex-assistente após ter sido acusado de assédio e disse ter sido acusado de estupro quando estava na universidade.

Após as revelações, ele se afastou do comando da Warrior Poets, sua produtora, e encerrou a carreira como documentarista.

Spurlock deixa os dois filhos, Laken e Kallen, e familiares.