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Agente imobiliária que aguardava divórcio do marido desaparece

Por Notícias ao Minuto 05/03/2024 15h05
Agente imobiliária que aguardava divórcio do marido desaparece
Casal tem três empresas, mas ex só queria repassar 25% do valor - Foto: Reprodução

Ana Knezevich, uma agente imobiliária de 40 anos, da Florida, nos Estados Unidos, desapareceu a 2 de fevereiro durante uma viagem a Madrid, em Espanha.

O desaparecimento já foi reportado às autoridades há várias semanas, mas sem novidades de Ana, começam agora a ser conhecidos mais pormenores sobre a vida da mulher, de nacionalidade colombiana e norte-americana, que estava a divorciar-se do marido, de origem sérvia.

O divórcio

Era casada há 13 anos com David de quem decidiu divorciar-se no verão passado. O casal possuía, em conjunto, três empresas de venda de material tecnológico - a EOX Technology Solutions, a Registered Corporate Agents LLC e a EOX Capital LLC. Ana, que pensava que o processo de divórcio seguiria sem problemas, acabou por se deparar com dificuldades levantadas por David que tentou travar que a mulher ficasse com metade do património criado por ambos, dando-lhe apenas 25% desse valor.

Na sequência do conflito gerado, Ana estaria a passar por uma fase de perturbação, tendo-lhe sido recomendado tomar antidepressivos.

Nessa senda, decidiu viajar para se afastar dos seus problemas. Foi para Madrid onde arrendou um apartamento e onde contava encontrar-se com algumas amigas. Tinha dinheiro suficiente para poder viver na capital espanhola sem ter de trabalhar, relata o La Nácion.

A 'fuga' para Madrid

No dia em que desapareceu, Ana estava à procura de uma nova casa para morar. O arrendamento do local onde estava terminava em março e precisava de um novo sítio para se instalar de forma permanente na cidade.

À noite, na cama, telefonou à amiga e disse-lhe que a propriedade que tinha visitado não a tinha convencido e que ia continuar a procurar. Falaram também dos seus planos para uma viagem a Barcelona na semana seguinte. Iriam à capital catalã na segunda-feira, 5 de fevereiro, onde assistiriam a uma palestra de um psiquiatra de quem Ana era seguidora e aproveitariam para passar uns dias de lazer. Por volta das nove e meia, desligaram. Às onze e meia, outra amiga enviou-lhe uma mensagem. Ana nunca respondeu.

Nessa mesma noite, a mulher não baixou os estores do quarto como era habitual. No mesmo dia, vizinhos alegam ter visto um homem de capacete a entrar no prédio e a pintar os ecrãs das câmaras de segurança do edifício com uma tinta preta. Porém, afirmam que não podem garantir que este homem possa estar relacionado com o desaparecimento uma vez que não é a primeira vez que algo assim acontece no prédio, que se localiza numa zona com alguma criminalidade.

Depois desta noite, Ana já terá enviado mensagens às amigas. Mas todas elas denunciam estranheza nas mensagens e dizem acreditar que não foi Ana a escrevê-las. Isto porque dizem estar num inglês mal escrito, que parece copiado de aplicações de tradutores, e ainda porque são mensagens que vêm pontuadas com vírgulas, algo que Ana nunca fazia quando escrevia.

O desaparecimento e as buscas

No dia 4 de fevereiro, e após dias sem ver a amiga, uma mulher foi à polícia denunciar a situação. Foi nesse dia que a polícia decidiu entrar no apartamento, que viria a encontrar vazio. Desde então, as autoridades estão à procura de Ana.

A família da mulher já foi informada sobre o sucedido e também nos EUA foi dado um alerta para o seu desaparecimento. Segundo o La Nácion, também o FBI está envolvido na investigação.

Durante este tempo, o 'ex' David contratou os serviços de um advogado criminalista de Miami, Ken Padowitz, que garante à AP que o seu cliente não tem nada que ver com o desaparecimento da mulher, que está na Sérvia desde antes do desaparecimento e que colaborará em tudo o que for necessário.

Os irmãos e a mãe, assim como as amigas, mantêm a esperança de encontrar Ana María. Como e quando continua a ser uma incerteza.