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Arábia Saudita estuda permitir venda de álcool pela 1ª vez em 72 anos
A Arábia Saudita prepara-se para a abrir a primeira loja que vende álcool na capital do país, Riade. De acordo com a agência Reuters, que cita fonte relacionada com o assunto, o regime de Riade quer abrir uma loja deste género para servir os diplomatas não-muçulmanos.
Os clientes vão ter de se registar através de uma aplicação no telemóvel, onde vão receber um código do Ministério dos Negócios Estrangeiros, sendo que os clientes devem respeitar quotas mensais, de acordo com o documento que regula o projeto.
A agência Reuters refere que a medida faz ainda parte da estratégia "Visão 2030", um plano altamente ambicioso traçado por Riade para uma economia saudita numa era pós-petróleo, numa decisão que também aproxima o país daquilo que já é feito noutros locais de maioria muçulmana.
O Barasti é um dos bares mais populares do Dubai, onde estrangeiros vão para desfrutar da praia e para beber (Instagram)A nova loja, cuja abertura é esperada para as próximas semanas, vai localizar-se no bairro diplomático de Riade, onde ficam a maioria das embaixadas existentes no país, sendo que a venda de álcool vai ser “estritamente proibida” a todos os muçulmanos.
Para já não é claro se outros cidadãos não-muçulmanos vão poder ter acesso à loja, sabendo-se que milhões de cidadãos estrangeiros vivem no país, ainda que muitos deles sejam muçulmanos, nomeadamente de proveniência asiática ou egípcia.
A nova medida marca também uma alteração legislativa. É que até agora, quem fosse apanhado a beber álcool arriscava ser punido com chicotadas, deportação, multas ou mesmo prisão.
Não é como se não houvesse possibilidade de adquirir álcool na Arábia Saudita. O que acontece é que, como em muitos países muçulmanos, isso só ocorria através de pedidos especiais para diplomatas ou pelo mercado negro.
Nos Emirados Árabes Unidos, por exemplo, é permitido beber álcool em casa e nos bares dos hotéis. Há ainda lojas em alguns emirados que estão autorizadas a vender bebidas alcoólicas, sendo que os consumidores devem apresentar uma autorização da polícia e do patrão para poderem adquirir os produtos.
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