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Grupo da Ufal cria projeto para construção de acampamento para órfãos no Malawi
Acampamento será construído nas margens do Lago Malawi e contará com quartos, refeitório, sala de conferências e espaços de lazer
Um projeto de extensão realizado por três professores e cinco estudantes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) foi aprovado pela equipe de engenheiros do Malawi para a construção de um acampamento para órfãos na região.
Segundo a professora Elisabeth Duarte Gonçalves, coordenadora da equipe, a iniciativa surgiu a partir de um convite de um grupo cristão nos Estados Unidos que realiza missões de caridade, o Kindness Acts (@ka2035malawi) . "Eles precisavam de um suporte para a parte dos projetos de arquitetura. Uma amiga em comum me convidou e eu levei a ideia para o grupo de alunos e professores, que prontamente se prontificaram em ajudar", conta.
O processo
Foram três meses de trabalho e a parceria com o grupo americano já traz frutos. O acampamento será localizado nas margens do Lago Malawi e contará com quartos, refeitório, sala de conferências e espaços de lazer. "Essa semana eu recebi a notícia que o projeto foi aprovado pela equipe de engenheiros do Malawi e já vai ser iniciada a construção. Em forma de agradecimento o nome da Universidade e dos alunos vai ser colocada em uma placa no acampamento. Nossa universidade vai estar lá no Malawi", comemora a professora.
"É um projeto bem simples, mas que teve esse desafio de atender as demandas locais, atender ao programa que eles queriam e com, por exemplo, janelas que eles já tinham de doação. O sistema construtivo que eles queriam era tudo em estrutura metálica, que era mais fácil de conseguir doação, então, eles fizeram tudo pensando na questão das doações que eles conseguiram coletar nos Estados Unidos", completa.
Sem parceria com órgãos públicos, trabalhando à base de doações, o grupo americano se juntou com o grupo da Ufal em reuniões semanais, no Campus Arapiraca com os alunos de arquitetura e os professores, e on-line com o pessoal da Kindness acts. A professora Elisabeth conta dos desafios de se fazer um trabalho em um tempo curto e com grandes diferenças culturais.
"Foi um exercício muito interessante porque foi onde a gente pôde praticar o inglês com os alunos. Eles tiveram que fazer um projeto com as medidas americanas, que eles não usam o sistema métrico. Então foi um exercício que a gente teve que se adaptar em várias questões, não só nas questões de projeto, de entender a cultura local, mas da língua", explica.
Sobre a vontade de ver o equipamento pronto, a professora conta que acho que já virou um sonho de toda a equipe: "É um sonho difícil de ser realizado, mas eu acho que está no coração de todo mundo, porque apesar de ter sido num tempo curto, foi um tempo que a gente teve que se dedicar muito a entender o lugar, entender o projeto, a entender uma outra cultura e a última notícia que a gente soube do projeto é que ele já está em processo de construção e que encheu a gente de muita gratidão e muita emoção também", conclui.
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