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Arapiraquense e companheiro são brutalmente agredidos por seguranças de bar em Lisboa

Casal se divertia no bar Titanic Sur Mer quando acabaram sendo espancados e levados a um hospital por conta da gravidade dos ferimentos

Por Redação 28/05/2023 17h44 - Atualizado em 29/05/2023 19h11
Arapiraquense e companheiro são brutalmente agredidos por seguranças de bar em Lisboa
Jefferson usou as redes sociais para contar a noite de horror que teve em Lisboa - Foto: Reprodução

O arapiraquense Jefferson Gomes Tenório, de 29 anos, e seu companheiro Luís ALmeida, de 30 anos, foram brutalmente agredidos por seguranças do bar Titanic Sur Mer, na cidade de Lisboa, capital de Portugal. 

Nas redes sociais, o empresário e blogueiro contou que no dia 21 de maio, ao lado do companheiro, Jefferson recebia a visita de uma prima de Luis, que se chama Cinara, e reside na Itália. Depois de um sábado alegre e descontraído, eles resolveram encerrar a noite no badalado bar de Lisboa, sem imaginar que a noite acabaria em um hospital. 

Jefferson conta que já passava das três horas da manhã do dia 22 de maio, domingo, quando deixaram o local e decidiram voltar ao estabelecimento. Com o bar já fechando, decidiu ir ao banheiro. O companheiro Luís já estava do lado de fora na companhia da prima e, ao tentar voltar ao bar para também usar o banheiro, foi impedido por um dos seguranças, levando um empurrão. A confusão começou neste momento.

"Ele foi impedido de entrar novamente ao bar, momento em que insistiu avisando que tinha uma pessoa que estava lá dentro. Nesse momento começou a ser empurrado por três seguranças, pedindo calma e questionando porque estava sendo empurrado, recebeu um soco no rosto e foi ao chão sem ter feito nada", diz o arapiraquense.

Jefferson ouviu a confusão de dentro do bar e, ao sair do local e tentar entender o que estava acontecendo, também passou a ser vítima das agressões. "Fui em sua defesa tentando apartar, tanto eu quanto a familiar fomos também agredidos. Revoltado com as agressões que continuavam e tentando tirar o foco da agressão nele, joguei uma pedra na frente do local, quebrando um vidro. Neste momento o foco das agressões foram para mim", continuou.

O companheiro de Jefferson tentou apaziguar os ânimos. Disse que não havia motivo para as agressões. Outros dois seguranças do bar chegaram e se juntaram para seguir com as agressões. O alagoano descreve as cenas de selvageria. Luíz levou um soco, a prima - que visitava o casal - um murro no rosto. Jefferson também foi agredido.

Ao atirar a pedra na vidraça do bar, os três seguranças partiram em sua direção. Ele teria sido levado aos fundos do estabelecimento e os funcionários do Titanic iniciaram as agressões.

Jefferson conta ainda que tentou escapar da surra se jogando dentro do rio Tejo. "Mesmo no rio, fui torturado e agredido com socos e chutes no rosto e no corpo, com eles gritando que o iam me matar. Acabei ficando completamente ensanguentado. A agressão só parou quando a polícia chegou", relatou a vítima.

No final, Jefferson estava com o rosto desfigurado, pois teve seu nariz quebrado pelos funcionários do Titanic. Já Luís estava com hematomas em todo o corpo. Muito machucados, os brasileiros foram levados ao hospital. "Fomos sulfurados no rosto, temos várias lesões e hematomas, sangramos bastante, tive o nariz fraturado em três partes, sendo necessário uma cirurgia de três horas. Nossos objetos de valor pessoal como anéis e relógio sumiram", conta o emprsário em sua rede social.

Jefferson precisou ficar internado dois dias e quando saiu do hospital, ao lado do companheiro Luís, pediram ajuda ao Consulado do Brasil em Lisboa, que deu suporte jurídico e psicológico aos jovens. Os dois também foram à delegacia do Bairro Alto, onde a ocorrência foi registrada.

Na delegacia, ainda se sentiram desprotegidos. Mesmo assim, foram atendidos pelo delegado de plantão. Eles alegaram que eram as vítimas no caso de violência. Os dois asseguram que vão levar o caso adiante.

"Gostaríamos de verdade de pensar que não fomos tratados assim por conta de nossa orientação sexual, cor ou nacionalidade. Nada justifica as agressões e queremos justiça", concluiu.

Eles já contrataram advogados e têm vídeos e fotos do horror do qual foram vítimas e os laudos médicos, que descrevem as sequelas dos socos e pontapés que levaram. Eles já deixaram Lisboa.