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Governos trabalham em primeiro rascunho para acordo climático da COP27
Nesta segunda (14), a presidência egípcia da COP27 divulgou um documento de duas páginas com tópicos que descrevem muitas das questões requisitadas pelos países para serem incluídas no acordo – incluindo pontos que dividem opiniões das nações.
O documento vem intitulado “non-paper”, para deixar claro que está longe de ser um rascunho oficial do que pode ser aprovado pelos países no encerramento da Cúpula do Clima da ONU, na próxima sexta-feira.
“Parece que ainda estamos muito longe do que gostaríamos como resultado, mas tenho certeza que, quanto mais energia for colocada, isso será resumido – nos últimos dias, talvez nos últimos minutos”, disse o chefe de política ambiental da União Europeia, Virginijus Sinkevicius.
Uma das principais tópicos de discussão se refere a perdas e danos – isto é, o financiamento para países em desenvolvimento que enfrentam danos causados pelas mudanças climáticas. Ainda não há qualquer indicação se o acordo final incluirá um novo fundo para perdas e danos, que é exigido pelos países emergentes, mas há cautela de Estados Unidos e União Europeia.
O fracasso das nações ricas em cumprir integralmente uma promessa já feita de US$ 100 bilhões anuais em financiamento climático é um ponto crítico nas negociações climáticas. No ano passado, os países ricos pagaram cerca de US$ 83 bilhões, mas disseram que cumpririam a promessa em 2023.
A Índia surpreendeu, na semana passada, ao pressionar por um acordo para eliminar gradualmente todos os combustíveis fósseis – ao invés de apenas o carvão, como foi concordado na COP26. Ainda não é possível cravar qual caminho o acordo final da COP27 tomará sobre essa questão.
O documento de duas páginas já divulgado pontuou a necessidade urgente de se manter a meta de evitar o aquecimento global acima de 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais.
“Não podemos perder o 1,5ºC nesta COP”, disse Alok Sharma, que presidiu a COP26, em um evento nesta terça (15), no Egito.
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