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Ao menos 31 pessoas morrem no Irã em protestos após morte de mulher que deixou cabelo à mostra
Pelo menos 31 pessoas foram mortas em confrontos com as forças de segurança iranianas durante protestos que eclodiram pela morte de uma mulher detida pela polícia de moralidade, disse a organização de Direitos Humanos do Irã (IHR).
"O povo do Irã saiu às ruas para alcançar seus direitos fundamentais e dignidade humana... e o governo está respondendo a seu protesto pacífico com balas", disse o diretor do IHR, Mahmood Amiry-Moghaddam, em um comunicado, no qual publicou um número total de mortos após seis dias de protesto.
Mahsa Amini, de 22 anos, natural do Curdistão (noroeste), foi detida em 13 de setembro em Teerã acusada de "usar roupa inapropriada" pela polícia da moral, uma unidade responsável por observar o cumprimento do rígido código de vestimenta. A jovem supostamente deixou parte do cabelo visível sob o véu na cabeça. Ela morreu em 16 de setembro em um hospital.
As mulheres no Irã devem cobrir os cabelos e não têm o direito de usar peças curtas acima dos joelhos, calças apertadas ou jeans rasgados.
De acordo com ativistas, Mahsa Amini foi agredida de maneira fatal na cabeça, mas as autoridades iranianas negaram e anunciaram a abertura de uma investigação.
Nesta quinta-feira (22), as autoridades iranianas bloquearam o acesso ao Instagram e ao WhatsApp. A morte de Mahsa foi muito criticada por países e várias ONGs internacionais, que denunciaram a repressão "brutal". As autoridades iranianas negaram qualquer envolvimento na morte dos manifestantes.
Durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York, na última quarta-feira (21), o presidente americano Joe Biden expressou solidariedade às "mulheres corajosas" do Irã, após um discurso desafiador do presidente iraniano Ebrahim Raisi.
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