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Marido da rainha Elizabeth II, Príncipe Philip deixa a vida pública
Com 96 anos, o duque de Edimburgo detém o recorde de longevidade de todos os consortes ingleses
O príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II da Inglaterra, se aposenta nesta quarta-feira (2) da vida pública aos 96 anos, celebrando seu último ato oficial como consorte, uma cerimônia militar no Palácio de Buckingham.
O duque de Edimburgo, que detém o recorde de longevidade de todos os consortes ingleses e que serviu à Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, passará em revista um desfile da Royal Navy no palácio de Londres.
Sua aposentadoria foi anunciada em maio, um mês antes de seu aniversário. Mesmo aposentado, ele poderá escolher participar em atos acompanhando a rainha ocasionalmente.
Tataraneto da rainha Victoria como a própria Elizabeth, e de ascendência alemã, o duque nasceu em 10 de junho de 1921 na ilha grega de Corfu, como príncipe da Grécia e da Dinamarca, quinto filho e único homem da princesa Alice de Battenberg e do príncipe Andrew da Grécia.
Aos 18 meses, foi retirado, dentro de uma caixa de laranjas, em um barco britânico com o resto de sua família quando a república helênica foi proclamada e seu tio, o rei Constantino I - avô da rainha Sofia da Espanha - teve que se exilar.
Príncipe Philip fez sua última aparição pública nesta quarta-feira (2), no centro de Londres (Foto: Hannah McKay/ Reuters)
Depois de encontrar refúgio perto de Paris, seu pai começou a frequentar os cassinos de Monte Carlo e a mãe, depressiva, se refugiou em um convento.
Philip tinha 10 anos. Deixado com parentes distantes, estudou em colégios na França, Alemanha e Grã-Bretanha até ser enviado para um austero internato escocês.
Ingressou posteriormente na Marinha Real britânica e participou ativamente nos combates durante a Segunda Guerra Mundial no Oceano Índico e no Atlântico.
Era um jovem de 18 anos quando conheceu Elizabeth, antes da guerra. Lilibeth, como era chamada por sua mãe, tinha 13 anos e se apaixonou. Os dois se casaram oito anos depois, em 20 de novembro de 1947. Philip, nomeado duque de Edimburgo, teve que renunciar aos seus títulos de nobreza anteriores e a sua religião ortodoxa, convertendo-se à Igreja Anglicana.
Em fevereiro de 1952, a morte prematura de seu sogro, o rei George VI, marcou o fim de sua carreira de oficial na Marinha e deu início ao período como príncipe consorte.
"Acredito que cumpri com a minha parte", declarou em uma entrevista à BBC em 2011, quando completou 90 anos e anunciou que deixaria de ser o patrono de algumas fundações.
A conhecida franqueza de Philip não foi abalada pelo politicamente correto. Em uma ocasião, um menino disse que gostaria de ser astronauta e o duque respondeu: "Nunca poderá voar, está muito gordo".
À ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que quase morreu em um ataque dos talibãs por defender o direito de educação das meninas, disse que "os pais enviam as crianças para a escola porque não as querem em casa".
Ao ser questionado se gostaria de visitar a União Soviética, respondeu: "Eu gostaria muito de ir à Rússia, mas os bastardos assassinaram metade da minha família" (em referência ao destino dos Romanov).
Rainha Elizabeth II e o Príncipe Philip (Foto: REUTERS/Peter Nicholls)
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