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Dezenas ficam feridos em confrontos entre palestinos e policiais israelenses

Acesso à Esplanada das Mesquitas estava restrito depois de um ataque em que dois policiais israelenses morreram

Por G1 27/07/2017 15h07
Dezenas ficam feridos em confrontos entre palestinos e policiais israelenses
Reprodução - Foto: Assessoria

Confrontos entre policiais israelenses e palestinos deixaram dezenas de feridos nesta quinta-feira (27) na cidade velha de Jerusalém. O incidente acontece no dia em que os muçulmanos voltaram a rezar na mesquita de Al-Aqsa, na Esplanada das Mesquitas, após quase duas semanas de boicote.

Os incidentes deixaram 46 feridos, tanto na Esplanada como nas imediações, segundo a Crescente Vermelho palestina, de acordo com a France Presse. O “Jerusalem Post” afirmou que 56 pessoas ficaram feridas.

Um dos confrontos começou, segundo relato das forças de segurança israelenses ao “Jerusalém Post”, após palestinos lançarem pedras perto do Muro das Lamentações. A polícia israelense reagiu. Nesse momento, não houve registro de feridos.

O jornal "Haaretz" relata outra confusão na fila para o acesso à esplanada. De acordo com a publicação, houve confronto com as forças de seguranças, e 41 pessoas ficaram feridas. O Crescente Vermelho confirmou o incidente, e disse que 37 pessoas foram atendidas do Portão dos Leões (que dá acesso à esplanada), e que pelo menos outras dez ficaram feridas dentro do complexo.

O acesso ao local estava restrito depois de um ataque em que dois policiais israelenses morreram na sexta-feira (14). Israel colocou detectores de metal e restringiu o acesso de homens com menos de 50 anos à região considerada sagrada tanto para muçulmanos como para judeus.

A medida foi criticada pelos palestinos, que fizeram um apelo para que os fiéis não fossem até local para rezar. Após forte pressão, Israel decidiu retirar os detectores de metal, mas ainda assim os muçulmanos mantiveram o boicote no acesso à Esplanada das mesquitas.

As autoridades políticas e religiosas palestinas pediram que todos voltassem a rezar no local nesta quinta-feira.

O correspondente da AFP presenciou os choques, que começaram pouco depois que os fieis entraram no local.