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Apoiadores de Nicolas Maduro entram na sede do Parlamento venezuelano

Grupo invadiu o local pelo jardim e detonou foguetes, segundo a France Presse

Por G1 05/07/2017 14h45
Apoiadores de Nicolas Maduro entram na sede do Parlamento venezuelano
Reprodução - Foto: Assessoria

Um grupo de apoiadores do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, entrou nesta quarta-feira (5) na sede do Parlamento, que é controlado pela oposição. Deputados e jornalistas ficaram feridos na ação, de acordo com a Reuters.

Os deputados realizavam uma sessão especial por conta do dia da independência quando dezenas de pessoas, algumas encapuzadas e armadas com pedaços de madeira, invadiram o Palácio Legislativo pelos jardins, detonando fogos de artifício. Houve pânico no local, de acordo com a agência France Presse.

A cerimônia, que não estava prevista na agenda do Legislativo, foi liderada pelo vice-presidente Tareck El Aissami, que chegou acompanhado do ministro da Defesa e chefe da Força Armada, Vladimir Padrino López, assim como de membros do gabinete e de partidários chavistas.

Grupo entrou na Assembleia Nacional, onde deputados realizavam sessão pelo Dia da Independência (Foto: Juan Barreto / AFP)

El Aissami fez um discurso de cerca de 15 minutos, no qual acusou a oposição de "sequestrar" o Poder Legislativo. Os adversários de Maduro dominam a Casa, com folga, desde sua esmagadora vitória nas urnas em dezembro de 2015.

"Estamos precisamente nas instalações de um poder do Estado que foi sequestrado pela mesma oligarquia que traiu Bolívar e sua causa", disse o vice-presidente, deflagrando aplausos dos convidados.

Feridos

O deputado Américo de Grazzia foi retirado ferido da Assembleia Nacional, segundo a NTN24. O parlamentar Armando Armas também ficou ferido no incidente. "Por mais que nos agridam, não vamos abandonar essa luta", afirmou Armas em sua conta no Twitter.

Deputado Armando Armas após entrada de defensores de Maduro na Venezuela (Foto: Reprodução/ Twitter Armando Armas)

A crise política venezuelana se encontra em uma fase de alta tensão por protestos da oposição que deixaram 91 mortos em três meses e pela convocação de uma Assembleia Constituinte, por parte do presidente Nicolás Maduro.

Crise na Venezuela

A crise política venezuelana se encontra em uma fase de alta tensão por protestos da oposição que deixaram 91 mortos em três meses e pela convocação de uma Assembleia Constituinte, por parte do presidente Nicolás Maduro.

O vice El Aissami advertiu que Maduro não se renderá, nem cederá em seu propósito de levar a Constituinte adiante, segundo a France Presse.

"Aqui está um presidente digno que nunca se renderá, nem permitirá que a Venezuela seja colônia de qualquer potência estrangeira", declarou.

VIDEO Fuimos ELECTOS para defender al PAÍS. Hoy #5Jul la barbarie se quiere imponer a la CIVILIDAD ¡ABAJO LA DICTADURA! pic.twitter.com/pDZwekiQqc

— Armando Armas (@ArmandoArmas) 5 de julho de 2017