Mundo
Coreia do Norte lança míssil, mas teste falha, diz Seul
Casa Branca diz que presidente Trump foi informado
Autoridades dos Estados Unidos confirmaram o lançamento de um míssil "não identificado". Um comunicado do Comando dos EUA no Pacífico afirma que o míssil não chegou a deixar o território norte-coreano e que o disparo partiu de um ponto próximo da base aérea de Pukchang.
"A Coreia do Norte disparou um míssil não-identificado de um local nas proximidades de Bukchang, em Pyeongannam-do, na direção nordeste em torno das 5h30 (horário local) de hoje", diz um comunicado do Exército da Coreia do Sul. "Estima-se que [o teste] tenha falado", acrescenta.
A nota afirma também que os militares estão atentos em relação a mais provocações pelo país vizinho e mantêm uma postura de defesa. A autoridade americana ouvida pela AFP diz que o míssil "foi de um tipo desconhecido e não representa ameaça".
Minutos depois de a Casa Branca confirmou estar ciente do teste, o presidente americano Donald Trump comentou em sua conta no Twitter: "A Coreia do Norte desrespeitou os desejos da China e de seu presidente altamente respeitado quando lançou, embora sem sucesso, um míssil hoje. Ruim!".
O último teste feito pelo pela Coreia do Norte, há mais de 10 dias, falhou. O país asiático, que já realizou 5 testes nucleares com sucesso nos últimos meses, quer desenvolver um míssil intercontinental capaz de atingir os EUA.
A ameaça do programa nuclear da Coreia do Norte foi tema de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta sexta em Nova York. Nela, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, afirmou que "todas as opções devem permanecer sobre a mesa" contra a Coreia do Norte, enquanto China e Rússia advertiram os EUA a não ameaçar usar a força militar.
SançõesO governo Trump pode responder ao novo teste acelerando seus planos para novas sanções dos Estados Unidos contra Pyongyang, incluindo possíveis medidas contra entidades norte-coreanas e chinesas, disse uma autoridade dos EUA à Reuters nesta sexta-feira.
Com a Coreia do Norte agindo em desafio às pressões dos Estados Unidos e da principal aliada norte-coreana, a China, Washington também poderia conduzir novos exercícios navais e colocar mais navios e aeronaves na região como uma demonstração de força, afirmou a fonte, falando sob condição de anonimato.
"É possível que algo possa ser acelerado", disse a autoridade sobre a possibilidade de impor novas sanções unilaterais contra a Coreia do Norte. "Algo que está pronto poderia ser retirado de um pacote maior."
TensãoO programa nuclear da norte-coreano provoca tensão com os seus vizinhos e com os EUA, que enviaram um grupo aeronaval americano, incluindo o porta-aviões 'USS Carl Vinson' e um submarino com mísseis guiados, para a península da Coreia. O país também começou a transferir partes do sistema antimíssil THAAD para o sul da Coreia do Sul.
A Coreia do Norte realizou na última terça-feira um grande exercício de tiros artilharias de longo alcance em sua costa leste. No dia seguinte, EUA e Coreia do Sul realizaram exercícios militares com fogo real perto da fronteira.
Em um desfile desfile militar no "Dia do Sol" -- data do nascimento do líder fundador da dinastia, Kim Il-Sung, avô do atual líder --, a Coreia do Norte exibiu o que poderiam ser novos mísseis intercontinentais ou protótipos, e um míssil balístico que Pyongyang testou com sucesso em agosto, segundo vários analistas.
Em entrevista à Reuters na quinta-feira, Trump disse que um "grande, grande conflito" com a Coreia do Norte é possível devido a seus programas nuclear e de mísseis.
O vice-chanceler da Rússia, Gennady Gatilov, alertou nesta sexta que o uso da força seria "completamente inaceitável".
Mais lidas
-
1Grave acidente
Jogador da base do CSA tem amputação parcial de uma das pernas
-
2Em Pernambuco
Médica morre em batida envolvendo um carro e uma moto em Caruaru
-
3Streaming
O que é verdade e o que é mentira na série Senna, da Netflix?
-
4A hora chegou!
‘A Fazenda 16’: Saiba quem vai ganhar e derrotar os adversários no reality da Record TV
-
5Provedores de Internet
Associação denuncia ataque em massa que pode prejudicar mais de meio milhão de internautas em Alagoas