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Oposição na Venezuela ocupa avenidas em protesto contra Nicolás Maduro

Série de manifestações deixou ao menos 10 mortos

Por Reuters / G1 24/04/2017 15h14
Oposição na Venezuela ocupa avenidas em protesto contra Nicolás Maduro
Reprodução - Foto: Assessoria

A oposição venezuelana se manifesta novamente nesta segunda-feira (24) contra o governo do presidente Nicolás Maduro. O manifestantes pretendem ocupar as principais avenidas do país, na mais recente de uma série de manifestações que deixou ao menos 10 mortos.

Testemunhas da Reuters informaram que os manifestantes já começaram a bloquear parcialmente o tráfego em algumas importantes vias de Caracas. Em outros pontos da capital, alguns grupos formaram barricadas para impedir o trânsito.

A coalizão opositora Mesa de La Unidad (MUD) convocou seus partidários para se concentrar nas principais avenidas de cada região, em todos os 24 Estados do país. O protesto acontecerá durante todo o dia.

Manifestante da oposição segura cartaz que diz 'Fora Maduro', durante protesto em Caracas (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

"Os protestos pacíficos continuarão por todo país até que Maduro respeite a Constituição e acabe com seu autogolpe! RESPOSTA!", escreveu o líder da oposição e ex-candidato presidencial Henrique Capriles.

A atmosfera política se aqueceu no final de março quando o Poder Judicial tomou as prerrogativas do Parlamento dominado pela oposição, gerando protestos locais e chamados internacionais para respeitar a democracia.

Manifestantes protestam contra o governo de Nicolás Maduro em uma avenida de Caracas (Foto: FEDERICO PARRA / AFP)

A oposição tem insistido que continuará nas ruas até que sejam repostas todas as funções da Assembleia Nacional, que se convoquem eleições gerais, que se abra um canal humanitário que reduza a grave escassez de medicamentos e que se liberem centenas de presos políticos.

Maduro acusa os manifestantes de tentar derrubá-lo com a ajuda do governo dos Estados Unidos. Do outro lado, os líderes da oposição dizem que o governo está usando táticas repressivas e levando o país a uma ditadura.

Mais de 1.400 pessoas foram detidas esse mês, segundo o grupo local de direitos humanos Foro Penal, enquanto ao menos 10 pessoas morreram durante protestos e outras 11 pessoas foram mortas em saques e distúrbios.