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Medo de vitória de Trump ajuda democratas a levarem latinos às urnas
Energizados pelos ataques do republicano, hispânicos devem bater recorde de participação
Ao longo de toda a campanha presidencial, o candidato republicano Donald Trump atacou os imigrantes ilegais, sobretuto os latinos, os chamando de assassinos e estupradores. Agora, ele está pagando um preço por suas declarações polêmicas. A campanha de sua rival, Hillary Clinton, tem investindo pesado no apelo aos eleitores hispânicos, o que vem fazendo com que a liderança da democrata em relação ao magnata aumente durante as eleições antecipadas.
Aproveitando a postura radical do republicano, Hillary contratou uma mulher que viveu nos EUA sem documentos por muitos anos para ser sua diretora nacional de campanha unicamente para atuar com o público latino.
Além disso, várias ações com foco nos hispânicos foram organizadas pelos dmeocratas.Por exemplo, recentemente, os apoiadores de Clinton passaram pelas ruas de Orlando, na Flórida, tocando reggaeton — um estilo musical popular entre os imigrantes — de seus carros, incentivando os residentes de Porto Rico a votarem na mulher que muitos deles conhecem como "La Hillary".
No Arizona, um grupo democrata lançou um jogo on-line que recompensa os usuários com pontos cada vez que eles baterem na cabeça de Trump e do xerife do condado de Maricopa, Joe Arpaio, no rosto com um chinelo. O mesmo jogo indica locais de votação próximos do usuário.
Muitos votos ainda não foram contabilizados, mas um fator já está claro: a América hispânica foi mobilizada como nunca antes nas eleições de 2016, e está emergindo como uma força formidável, com poder para eleger um presidente.
Energizados pela raiva de Trump e uma agressiva campanha democrata para levá-los às urnas, os latinos estão comparecendo às urnas em número recorde, e podem fazer a diferença no resultado em vários estados altamente disputados.
Na Flórida — um dos principais Estados que deverão ser decididos no dia da eleição —, cerca de um milhão dos quase 6,2 milhões de votos antecipados contabilizados desde o início das eleições antecipadas vieram de hispânicos, o que representa um aumento de quase 75% em relação a 2012.
No Condado de Clark, no Estado de Nevada, um recorde de 57 mil hispânicos votaram na sexta-feira (4).
Os democratas estão se apoiando especialmente em mulheres hispânicas na campanha. Semelhante a como as mulheres negras se tornaram um motor influente de apoio a Obama em 2008, as mulheres hispânicas têm sido fundamentais para os esforços de organização de Hillary.
As mulheres latinas têm feito ligações e batido nas portas dos eleitores, muitas vezes acompanhadas de suas filhas. E elas dizem que estão ouvindo a mesma história repetidamente dos vizinhos que conseguem convencer a ir às urnas: eles nunca votaram antes, mas sentem que precisam agora porque não conseguem suportar a idéia de ter Trump na Casa Branca.
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