Conforme o meteorologista e superintendente de Prevenção em Desastres Naturais, da Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh), Vinícius Nunes Pinho, a previsão meteorológica aponta baixo volume de chuva e seca severa no Sertão. Devido a isto, a falta de precipitações no semiárido alagoano não será aliviada pelo período chuvoso.

Um plano de respostas a desastres naturais para o período chuvoso foi apresentado nessa quinta-feira (24) pela Defesa Civil Estadual. Na ocasião, representantes das cidades alagoanas estiveram presentes.

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Em janeiro, a seca fez 32 cidades alagoanas decretarem situação de emergência. A falta de chuvosa na região compromete a agricultura e causa vários prejuízos. A preocupação é que o déficit hídrico cause prejuízos para a agricultura e pecuária na região. Em janeiro, a seca fez 32 municípios decretarem situação de emergência.

Para Nunes, a situação é semelhante às secas históricas registradas no estado entre os anos de 2012 e 2017.

"Essas chuvas abaixo da normalidade no semiárido nos preocupa. Esse é o período de recarga hídrica, ou seja, onde se guarda água para os próximos meses. A situação já é difícil e a pouca chuva que deve vir na quadra chuvosa deve agravar esse quadro ainda mais", comentou o meteorologista.

Vale lembrar, que a falta de chuva no sertão já deixou milhares de famílias da região sem água nos reservatórios no início do ano. A Defesa Civil Nacional já reconheceu mais de 30 municípios em situação e emergência.

O especialista diz que a previsão é que os dias secos continuem, mas haverá chuvas intensas, porém, em um curto espaço de tempo e com altas temperaturas.

"É importante ressaltar que, durante a quadra chuvosa, teremos temperatura acima da normalidade e com dias consecutivos secos. Esses dias podem ser seguidos por dias de chuva intensa em um curto espaço de tempo, o que é perigoso. O nosso final de ano no semiárido deve ser bem difícil na questão da seca", explica Vinícius.