Interior

FPI do São Francisco combate crimes ambientais e preserva patrimônios culturais e naturais

Além da fiscalização de pequenos produtores, programa atua na proteção ambiental, combate ao desmatamento, preservação cultural e saúde pública, contrariando as críticas de parlamentar

Por Thayanne Magalhães 22/11/2024 14h16 - Atualizado em 22/11/2024 18h38
FPI do São Francisco combate crimes ambientais e preserva patrimônios culturais e naturais
Além da fiscalização de pequenos produtores, FPI do São Francisco atua na proteção ambiental, combate ao desmatamento, preservação cultural e saúde pública - Foto: Assessoria

As críticas do deputado estadual Antônio Albuquerque às ações da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco não refletem a verdadeira amplitude e importância do trabalho realizado por esse programa. Checando as informações divulgadas no site institucional do programa (fpisaofrancisco.inf.br) e no perfil @fpialagoas do Instagram, a Tribuna Independente levantou que a FPI é muito mais do que resgate de animais silvestres ou fiscalização de abatedouros; ela desempenha um papel fundamental na proteção ambiental, na preservação do patrimônio histórico e cultural e na garantia de direitos de comunidades tradicionais, contribuindo para a sustentabilidade e a justiça climática.

Além disso, são realizadas oficinas em escolas, comunidades rurais e feiras, com foco em práticas agroecológicas, regularização ambiental e incentivo à entrega voluntária de animais silvestres. Essas ações buscam harmonizar as atividades humanas com a preservação ambiental, ao mesmo tempo em que asseguram a sobrevivência das populações mais vulneráveis.

Defesa do Rio São Francisco e da biodiversidade
O principal objetivo da FPI é proteger a bacia hidrográfica do Rio São Francisco, combatendo crimes ambientais como desmatamento, descarte irregular de resíduos, uso indevido de agrotóxicos e exploração predatória dos recursos naturais. Essas ações são essenciais não apenas para preservar o ecossistema local, mas também para garantir água limpa e segurança hídrica para milhões de pessoas que dependem do rio diretamente para sobrevivência.

Apoio às Comunidades Tradicionais e agroecologia
Além da fiscalização, a FPI trabalha para fortalecer as comunidades tradicionais, promovendo práticas sustentáveis de agricultura e orientando pequenos produtores sobre a regularização ambiental. São realizados treinamentos e oficinas que incentivam o uso responsável de recursos naturais, como o manejo agroecológico, reduzindo custos e aumentando a qualidade de vida dessas populações. Tais iniciativas, segundo as informações divulgadas pelos canais da Fiscalização, mostram que a FPI busca soluções inclusivas que beneficiam, e não prejudicam, os pequenos agricultores.

Proteção do patrimônio cultural e Histórico
A FPI também desempenha um papel fundamental na preservação de sítios arqueológicos e do patrimônio cultural da região. Com ações educativas e de conscientização, o programa protege a memória histórica e assegura que futuras gerações tenham acesso à riqueza cultural do território, aspectos que transcendem interesses imediatos e reforçam a identidade das comunidades locais.

Justiça climática e desenvolvimento sustentável
As ações da FPI estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como a justiça climática e a adaptação às mudanças ambientais. O programa adota uma abordagem multidisciplinar, reunindo órgãos como o Ministério Público, IBAMA, IMA, polícias, universidades e ONGs, garantindo que o impacto seja amplo e efetivo. As audiências públicas realizadas ao final das etapas reforçam a transparência e a participação social, permitindo que as comunidades afetadas sejam ouvidas e participem do processo de mudança.

Portanto, diante das críticas do parlamentar, é importante destacar que a FPI não age de forma arbitrária. Suas ações estão fundamentadas em legislações ambientais e nos compromissos do Brasil com tratados internacionais sobre proteção ambiental e direitos humanos. Enquanto o resgate de aves silvestres ou a fiscalização de abatedouros são pontos mais visíveis, elas fazem parte de um esforço maior para proteger a saúde pública, combater o tráfico de animais e garantir condições dignas de produção para todos os cidadãos.

A crítica de que a FPI "prejudica o homem do campo" ignora os benefícios de longo prazo das suas ações. Longe de ser uma operação meramente punitiva, a FPI é uma iniciativa que busca equilibrar desenvolvimento econômico, preservação ambiental e inclusão social, tornando-se essencial para o futuro da bacia do Rio São Francisco e das comunidades que dela dependem.