Interior
Mineração Vale Verde envia carta aberta à imprensa com relação a tremores
Empresa que tem unidade em Craíbas, no Agreste, diz que fatos contradizem relação entre a atividade mineradora e abalos sísmicos na região
Nesta terça-feira (5), a empresa Mineração Vale Verde (MVV) que tem sede em Craíbas, município do Agreste alagoano, emitiu carta aberta à imprensa, na qual se posiciona e e diz que os registros recentes de abalos sísmicos nos municípios de seu entorno não possuem correlação com a atividade mineradora.
A MVV relata que matérias veiculadas na mídia sugerem que os tremores ocorridos, principalmente no último mês de agosto, possuem relação com os desmontes controlados por rocha, estes que são realizados uma vez por semana.
Trecho da carta aponta que as tecnologias utilizadas são as melhores disponíveis no mercado. "É amplamente sabido que a MVV utiliza as melhores tecnologias do mercado para a execução dos desmontes, dentro de rígidos parâmetros técnicos, dispondo sempre de relatórios enviados aos órgãos reguladores e à própria população craibense".
A empresa diz ainda que os relatórios enviados aos órgão reguladores "vão ao encontro das avaliações feitas pelos especialistas, conforme coletado pelos veículos de imprensa, e divergem das vinculações precipitadas feitas pelas matérias".
Para a MVV, que manifestou repúdio à publicação de informações falsas nos portais de notícias locais e diz que esse tipo de matéria "causa temeridade e desinformação na população. Enfatiza que não só a propagação de informações falsas, mas também as especulações em torno de dados não-técnicos, obtidos de maneira não-oficial, apenas prejudicam a capacidade do Poder Público em atuar na preservação da segurança da população e da integridade física dos moradores de Craíbas e Arapiraca".
Tremores
Somente em agosto, o Estado de Alagoas teve 10 tremores registrados pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), que faz este tipo de monitoramento na Região Nordeste.
Destes 10 tremores, a Região Agreste do Estado tem metade deles, cinco, sendo três em Arapiraca, um em Craíbas e outro em Limoeiro de Anadia.
No entanto, conforme ressaltado na carta da MVV, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) pontua que os tremores não preocupam do ponto de vista geológico, inclusive não necessitando que análises mais aprofundadas sejam realizadas.
Sobre os registros de tremores em Alagoas em todo o ano até agosto, que foram 24, o órgão diz que "as informações do Serviço Geológico do Brasil também devem tranquilizar a população alagoana: os terremotos foram de baixo risco, com magnitude mínima de 1,5 graus em Arapiraca, Anadia e Atalaia, e magnitude máxima de 2,4 graus em Arapiraca e Igreja Nova. Ainda que o número total cause espanto, sendo comum o desconhecimento sobre terremotos no Brasil, os eventos registrados em Alagoas são comuns, típicos da região Nordeste, tiveram magnitude inferior a 3,0 graus e possivelmente passaram despercebidos pelos cidadãos", afirmou o SGB em comunicado divulgado na última sexta-feira (1).
Confira a carta aberta da MVV na íntegra:
"Carta aberta da Mineração Vale Verde do Brasil Ltda à imprensa
Craíbas, 05 de setembro de 2023
A Mineração Vale Verde (MVV) se junta aos moradores de Craíbas e de Arapiraca, em torno da preocupação com relação aos tremores de terras experienciados ao longo do último mês de agosto. Aproveita esta oportunidade para tornar público seu posicionamento perante as notícias que circulam nos veículos de mídia, que discutiram os eventos ocorridos em Arapiraca no dia 25/08/2023 e em Craíbas no dia 31/08/2023, ambos notados pela imprensa regional.
Publicações têm sugerido que os desmontes controlados de rocha, realizados uma vez por semana na MVV, estariam causando tremores de terra na região. No entanto, os fatos contradizem essa afirmação: um levantamento divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) mostra que Alagoas registrou 24 abalos sísmicos, em 13 municípios, entre janeiro e agosto de 2023. Segundo o SGB, os tremores não preocupam do ponto de vista geológico. Ademais, especialistas consultados pelos veículos de imprensa afirmaram não haver relação dos tremores com os processos de desmonte controlados da mineradora.
O processo de desmonte controlado praticado rotineiramente pela MVV, é conhecido pela Defesa Civil de Arapiraca, pela Secretaria de Meio Ambiente de Craíbas e pelo Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL), organizações ouvidas pelos veículos de imprensa nos últimos dias. É amplamente sabido que a MVV utiliza as melhores tecnologias do mercado para a execução dos desmontes, dentro de rígidos parâmetros técnicos, dispondo sempre de relatórios enviados aos órgãos reguladores e à própria população craibense.
Esses resultados dos relatórios, frequentemente compartilhados pela MVV, vão ao encontro das avaliações feitas pelos especialistas, conforme coletado pelos veículos de imprensa, e divergem das vinculações precipitadas feitas pelas matérias.
É fundamental enfatizar que nossos desmontes são conduzidos estritamente de acordo com as normas de segurança; e que contam com a aprovação do Exército Brasileiro, entidade responsável pelo controle do uso dos materiais explosivos. Além disso, a escolha de dias e horários para essas atividades é feita sob consulta e em acordo com as comunidades anfitriãs.
Baseada nesses argumentos, a Mineração Vale Verde reforça seu compromisso com a segurança, valor central de sua atuação. Tempestivamente, manifesta repúdio à publicação de informações falsas, por meio de portais de notícias locais, que causam temeridade e desinformação na população. Enfatiza que não só a propagação de informações falsas, mas também as especulações em torno de dados não-técnicos, obtidos de maneira não-oficial, apenas prejudicam a capacidade do Poder Público em atuar na preservação da segurança da população e da integridade física dos moradores de Craíbas e Arapiraca.
De sua parte, a Mineração Vale Verde reforça que sempre pauta a operação da Mina Serrote com transparência, ética e responsabilidade. E que permanece comprometida em manter a integridade de sua operação, em proteger o meio ambiente e em zelar pelo bem-estar do povo do Agreste alagoano.
Sem mais para o momento, a MVV se coloca à disposição para o compartilhamento de informações técnicas, que tragam clareza à população sobre os fatos. Nossos canais de comunicação continuam disponíveis, pelo Fale Conosco (82) 98189-6016, pelas redes sociais, pelas reuniões periódicas de Diálogo Social, ou pelo e-mail [email protected]."
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