Interior
FPI interdita abate clandestino de aves em Canapi, Sertão alagoano
Após o flagrante, o proprietário do abatedouro foi conduzido à delegacia por prática de crime ambiental
![FPI interdita abate clandestino de aves em Canapi, Sertão alagoano](http://img.tribunahoje.com/RaEX0-Fhsu5dVtsKa2JnqlEV-yE=/840x520/smart/s3.tribunahoje.com/uploads/imagens/whatsapp-image-2022-11-30-at-073410.jpeg)
A Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco (FPI do São Francisco) interditou, nesta terça-feira (29), um abate clandestino de aves, localizado em Canapi, Sertão alagoano, por crime ambiental. O proprietário do estabelecimento foi conduzido à delegacia do município, onde foi autuado em flagrante por poluição.
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Durante a fiscalização, a Equipe de Produtos de Origem Animal da FPI do São Francisco constatou que o abatedouro não possuia licença ambiental, realizava o descarte irregular de resíduos perigosos, lançava líquidos oriundos a céu aberto e não possuia registro na Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e no Conselho Regional de Medicina Veterinária de Alagoas (CRMV/AL).
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A vistoria constatou que o descarte dos resíduos de abate (miúdos e vísceras) eram realizados de forma irregular. O mesmo procedimento também era feito com o sangue. Tudo isso em um perímetro urbano de Canapi.
De acordo com técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA), o correto seria que o proprietário contratasse uma empresa especializada em transporte de resíduos perigosos, que forneça o Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR).
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A estrutura física do abatedouro também apresentava uma série de irregularidades. A equipe da Adeal constatou, por exemplo, que a higienização das instalações, do recinto onde os animais eram mantidos e dos equipamentos não estavam adequados: os produtos não podiam estar acumulados, existiam muitos equipamentos quebrados e não havia instalação adequadas para garantir o fluxo e contra-fluxo de animais, de pessoas e de procedimentos, como determina a lei.
Já o CRMV autuou o proprietário pela falta de registro no órgão. De acordo com o fiscal responsável, o proprietário do estabelecimento tem 30 dias para apresentar sua defesa junto ao órgão. Caso contrário, corre o risco de ser multado.
Pela prática de crimes ambientais e demais irregularidades envolvendo todos os órgãos citados, o acusado foi autuado no valor aproximado de R$ 100 mil reais.
Participaram da fiscalização como integrantes da equipe de Produtos de Origem Animal: CRMV, Adeal, IMA, BPA e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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