Interior

Companhia de Saneamento informa retomada do abastecimento gradual em várias cidades de Alagoas

Na Bacia Leiteira, o Sistema Coletivo foi reativado, mas também com vazão reduzida em função da qualidade da água bruta do Rio São Francisco

Por Assessoria 05/07/2022 21h30
Companhia de Saneamento informa retomada do abastecimento gradual em várias cidades de Alagoas
Abastecimento segue suspenso em Maribondo, Murici, Capela, Ibateguara, Novo Lino e Traipu - Foto: Ascom Casal

A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) informa que conseguiu retomar o abastecimento de várias cidades do estado, nesta terça-feira (5), após técnicos da empresa trabalharem na manutenção dos sistemas que haviam sido danificados pelas chuvas intensas dos últimos dias.

Em Quebrangulo, as equipes técnicas repararam a adutora Caranguejinha e, por isso, o abastecimento está gradativamente voltando para a cidade.

Também na zona rural de Quebrangulo, profissionais da Casal conseguiram colocar em operação uma bomba da captação do Sistema Carangueja, que abastece Palmeira dos Índios. Assim, o abastecimento da cidade deverá voltar parcialmente entre a noite desta terça (5) e manhã de quarta-feira (6).

Na Bacia Leiteira, o Sistema Coletivo foi reativado, mas também com vazão reduzida em função da qualidade da água bruta do Rio São Francisco. Desse modo, o abastecimento está sendo retomado aos poucos, ou seja, de forma gradativa para todas as 18 cidades atendidas.

Na Região Agreste, os dois Sistemas Coletivos foram reativados, mas também com vazão reduzida em virtude das dificuldades do tratamento, uma vez que a água do Rio São Francisco segue com alto teor de turbidez. Com isso, o abastecimento de Arapiraca e outras nove cidades do entorno será retomado gradativamente nesta terça-feira (5). Caso as condições ambientais do rio melhorem e não haja novas interrupções nos sistemas de tratamento, espera-se que nos próximos dias o abastecimento volte ao normal.

O abastecimento segue suspenso em Maribondo, Murici, Capela, Ibateguara, Novo Lino e Traipu, em razão tanto da qualidade da água dos mananciais quanto de danos causados pelas chuvas aos equipamentos da Companhia.

A Casal disponibilizou vários caminhões-pipa para suprir o abastecimento nas cidades afetadas, principalmente em prédios públicos, unidades de saúde e unidades prisionais.

A Companhia reforça que está comprometida com o retorno dos serviços em prol da população em todas as outras cidades afetadas pelas chuvas, por isso, segue monitorando a qualidade da água bruta dos mananciais, que em muitos lugares ainda está imprópria para tratamento e consumo.

Ao mesmo tempo, a Casal reforça o pedido para que a população use o líquido com mais cuidado e disponibiliza para outras informações o telefone 0800 082 0195.

A empresa Agreste Saneamento, que mantém com a Casal uma Parceria Público-Privada (PPP) para operação dos Sistemas Coletivos da região, emitiu uma nota sobre o assunto nesta terça-feira (5). Confira abaixo:

Sistemas Coletivo e Adutor do Agreste voltam a operar de forma gradual

A Agreste Saneamento informa que iniciou a retomada gradual dos sistemas de captação e tratamento de água. Atualmente, o Sistema Coletivo do Agreste (SCA) que atende as cidades de Arapiraca, Coité do Nóia, Igaci, Craíbas, Feira Grande, Lagoa da Canoa, Girau, Campo Grande, Olho D’agua Grande, São Brás encontra-se com 50% da sua capacidade de produção com previsão de ampliação para 90% até o fim desta terça-feira (5). Já o sistema Adutor do Agreste (SAA) que abastece a parte alta da cidade de Arapiraca, Craíbas e Igaci teve as atividades de captação retomadas. Essas previsões têm base na continuidade da melhoria da qualidade do manancial e devem ser revisadas caso novos eventos de fortes chuvas aconteçam.

De acordo com os técnicos da Agreste Saneamento, as medições de turbidez da água do Rio São Francisco atingiram um patamar muito superior à capacidade das Estações de Tratamento: quase 400 vezes acima do esperado. Diante deste cenário, a Agreste Saneamento reforça que suas equipes vêm trabalhando de forma incansável, para que os impactos sejam contornados no menor espaço de tempo possível.

A empresa salienta ainda que a situação enfrentada é totalmente atípica, tendo em vista que o alto volume de chuvas registrado em Alagoas é histórico – foram 1000 mm nos últimos 60 dias -, ultrapassando as ocorrências em 2010 durante a última grande cheia, e que vem causando os mais diversos estragos devido às inundações, como rodovias, distribuição elétrica, comunicações e deslocamento intermunicipal.

A Agreste Saneamento reforça o seu compromisso no cuidado com a água, as pessoas e a preservação ambiental e solicita que a população, neste momento, utilize o recurso hídrico com ainda mais racionalidade.