Interior
Agricultores pedem boa safra a São José
Celebrado em 19 de março, dia do santo é aguardado com muita expectativa com orações por início de chuvas para o plantio
Anualmente, o Dia de São José é comemorado em 19 de março. A data religiosa celebra o ‘pai terreno’ de Jesus Cristo é aguardada também com muita expectativa pelos agricultores dos municípios produtores da Região Agreste de Alagoas.
Com a chegada das primeiras chuvas, neste mês de março, os agricultores familiares que vão plantar mandioca, feijão e, sobretudo, o milho acreditam em boa safra para a venda do produto nas festas juninas este ano.
Presidente da associação dos produtores do Sítio Poção, entre os municípios de Arapiraca e Coité do Nóia, a agricultora familiar Judite Caetano diz que na sua comunidade serão plantados cerca de 700 quilos de sementes de milho em aproximadamente 20 hectares de terra.
Na sexta-feira (18), Judite Caetano foi uma das camponesas beneficiadas com a entrega de sementes e implementos agrícola, no Parque Ceci Cunha, em Arapiraca, durante a segunda edição do Programa Planta Alagoas, numa iniciativa do Governo de Alagoas, Secretaria de Estado da Agricultura em parceria com a Prefeitura de Arapiraca.
Mesmo com a chegada do período chuvoso e o apoio técnico aos agricultores familiares, um problema externo chama a atenção dos pequenos e médios produtores da região: o elevado preço do adubo químico, o que pode aumentar ainda mais os custos de produção. Além disso, a saca de ureia (nitrogênio) de 50 quilos está sendo vendida a R$ 300.
Uma opção consorciada é o cultivo da mandioca, cujo preço está muito competitivo no mercado interno.
Ano passado, a tonelada do produto era vendida a R$ 400,00, em média, e atualmente está variando entre R$ 700 e R$ 900 a tonelada.
Especialistas acreditam na tendência de que o preço da mandioca vai permanecer alto em função da pouca oferta e demanda elevada no mercado interno.
Extensão rural
No município de Arapiraca, desde o ano passado que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural tem firmado acordos e parcerias com entidades públicas e privadas, com o intuito de promover pesquisas experimentais com as culturas de feijão comum, milho e mandioca.
Os trabalhos desenvolvidos são voltados à seleção de materiais adaptados a nossa região, dando alta produtividade, melhoria de renda e qualidade de vida aos agricultores do município.
De acordo com o secretário Hibernon Cavalcante, a proposta do estudo é levar aos produtores um material adaptado à região, a fim de evitar que cultivos sejam desperdiçados por falta de adequações com a terra em que o produto foi inserido.
Estão sendo realizados ensaios em diversas variações, tendo o feijão de arranque com 23 cultivares no ciclo normal, 12 no precoce e 17 no de ferro e zinco.
A avaliação de mandioca para indústria teve 12 cultivares estudados, materiais ricos em amido, o que dará mais rendimento à produção. O milho foi um dos que apresentaram mais cultivares estudados, foram 78 ensaios do produto híbrido.
A safra de milho no município de Arapiraca representa 25% de toda a produção do estado de Alagoas.
Dados repassados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural revelam que a produção foi de 129 mil toneladas, o que representa mais de 25% da demanda do grão para atender o Estado de Alagoas, que é de 500 mil toneladas.
No ano de 2020, foram produzidas 112 mil toneladas de milho, o que mostra um aumento da ordem de 15% em relação ao ano anterior.
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